Elon Musk interroga Alexandre de Moraes sobre censura no Brasil e pondera encerramento das operações da X
Elon Musk, proprietário da plataforma X (anteriormente Twitter), colocou em cheque ações do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relacionadas à censura no Brasil. Em uma interação digital neste sábado, 6, Musk questionou diretamente Moraes: “Por que você está exigindo tanta censura no Brasil?”. O diálogo se deu em resposta a uma publicação de Moraes datada de janeiro, onde congratulava o ministro Ricardo Lewandowski por sua nomeação como chefe da Justiça e Segurança Pública do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
X Corp. e a coerção judicial
Seguindo a provocação de Musk, a X Corp. declarou ter sido “forçada” por decisões judiciais brasileiras a suspender contas na plataforma, sob ameaça de penalidades severas.
“Não sabemos os motivos pelos quais essas ordens de bloqueio foram emitidas”, comunicou a empresa, destacando a proibição de divulgar quais contas foram afetadas.
Elon Musk desafia restrições e considera consequências
Musk reiterou seu posicionamento como um defensor da liberdade de expressão, desafiando as restrições impostas por Moraes e alertando sobre possíveis repercussões, incluindo a perda de receita e o potencial encerramento do escritório da X no Brasil.
“Este juiz aplicou multas pesadas, ameaçou prender nossos funcionários e cortou o acesso ao X no Brasil”, escreveu. “As restrições de conteúdo no Brasil foram removidas”, afirmou, em outro post.
Reações políticas e a “Twitter Files Brasil”
A postura de Musk gerou reações no cenário político brasileiro, incluindo comentários de parlamentares. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mencionou o caso de Daniel Silveira (PTB), condenado e com perfis removidos por ordem de Moraes. Ademais, Bolsonaro anunciou a solicitação de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores da Câmara para debater a “Twitter Files Brasil”, uma série de revelações feitas pelo jornalista Michael Shellenberger acusando Moraes e o TSE de demandarem ilegalmente a remoção de publicações na plataforma.