Lauro de Freitas alega crise e cancela São João, mas lança licitações de R$ 9 milhões
Após cancelar o São João por falta de recursos, a Prefeitura de Lauro de Freitas abre licitações milionárias para compra de café, açúcar e materiais de limpeza, gerando polêmica.
Gestão de Débora Regis abre contratos milionários para café e materiais de limpeza após anunciar falta de verba para festejos juninos
A Prefeitura de Lauro de Freitas, sob a gestão da prefeita Débora Regis (União Brasil), voltou a gerar controvérsias ao abrir duas licitações milionárias dias após anunciar que não teria condições financeiras de realizar as festividades de São João em 2024. Os certames foram divulgados nos dias 29 de maio e 4 de junho, com valores que ultrapassam os R$ 9 milhões.
Valores das licitações chamam atenção após anúncio de crise
Segundo os editais publicados no Diário Oficial do Município, a administração municipal pretende contratar:
- R$ 2.147.483,17 para fornecimento de café e açúcar às secretarias da cidade;
- R$ 7.173.955,35 para compra de materiais de limpeza, descartáveis e insumos de higienização.
As informações foram trazidas a público pelo apresentador Uziel Bueno durante o programa Brasil Urgente Bahia, da TV Band, nesta terça-feira (10).
Falta de recursos foi motivo para cancelar festejos
Recentemente, a prefeita Débora Regis justificou o cancelamento das festas de São João citando dificuldades financeiras enfrentadas pelo município. A decisão foi comunicada oficialmente à população, causando frustração entre os moradores e comerciantes locais, que contavam com a movimentação econômica gerada pelo evento tradicional.
No entanto, após o cancelamento, o município foi contemplado com uma verba estadual no valor de R$ 350 mil, destinada exclusivamente para o custeio da festa junina, mesmo com a alegação inicial de inviabilidade financeira.
População questiona prioridades da gestão
A abertura das licitações e o alto valor dos contratos contrastam com o discurso oficial de contenção de despesas e têm provocado críticas sobre as prioridades da atual administração. Internautas e lideranças locais questionam como a gestão justifica a ausência de recursos para a realização de uma das maiores manifestações culturais do estado, enquanto libera cifras milionárias para suprimentos administrativos.
O caso segue gerando repercussão e deverá ser acompanhado de perto por órgãos de controle e pela sociedade civil.
