MP-SP e PM deflagram operação contra esquema de lavagem de dinheiro do PCC; um suspeito morre em confronto.
Ação mira integrantes do alto escalão da facção
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) deflagrou, nesta quinta-feira (30), uma operação para desarticular um esquema de lavagem de dinheiro que envolve nomes do alto escalão do Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação foi conduzida em parceria com a Polícia Militar e é um desdobramento das operações Linha Vermelha e Pronta Resposta, anteriormente executadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Suspeito morre em confronto durante a operação
Entre os principais alvos estão Eduardo Magrini, conhecido como Diabo Loiro; os filhos de Sérgio Mijão, um dos traficantes mais procurados do país; e Álvaro Daniel Roberto, o Caipira. Segundo informações da Polícia Militar, quatro pessoas com mandados de prisão foram localizadas até o momento.
Durante o cumprimento das ordens judiciais, um dos suspeitos morreu em confronto com os policiais e um agente ficou ferido. A operação segue em andamento para localizar os demais envolvidos.
Mandados e bloqueios de bens
No total, a Justiça expediu nove mandados de prisão preventiva e onze de busca e apreensão, além de determinar o bloqueio de 12 imóveis de luxo e o congelamento de valores bancários pertencentes aos investigados.
Esquema de ocultação de recursos ilícitos
De acordo com o MP-SP, o material obtido nas operações anteriores revelou “sólidas conexões entre conhecidos traficantes, integrantes do PCC e empresários”, configurando um complexo esquema financeiro de ocultação de recursos ilícitos.
“Essas conexões revelaram diversas transações econômicas nas quais a origem criminosa dos valores negociados havia sido ocultada ou dissimulada pelos envolvidos”, afirmou o órgão em nota oficial.
Desavenças internas e novas transações
As investigações apontam que, após o avanço das operações anteriores, surgiram desavenças internas entre integrantes da facção, o que levou à realização de novas transações imobiliárias e financeiras para dissipar o patrimônio e ocultar os reais beneficiários dos valores movimentados.
Autoridades seguem investigando a rede criminosa
O esquema foi identificado pelas autoridades, que continuam apurando a extensão da rede de lavagem de dinheiro e a participação de empresários e laranjas utilizados pelo grupo criminoso.
A operação representa mais um passo no combate às estruturas financeiras do PCC, visando enfraquecer o poder econômico da facção e ampliar o controle sobre as atividades ilícitas vinculadas ao crime organizado no estado de São Paulo.
