sexta-feira, 7 novembro 2025
spot_imgspot_imgspot_imgspot_img

Caiado se reúne com presidente do União e pede fim da federação com o PP

Governador Ronaldo Caiado afirma que união entre União Brasil e Progressistas trouxe “mais desgaste do que resultado” e defende independência partidária nos estados.

Caiado vai se reunir com presidente do União e defende fim da federação com o PP: “Trouxe mais desgaste do que resultado”

Governador de Goiás afirma que aliança entre União Brasil e Progressistas gerou conflitos e perda de coesão partidária

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou nesta terça-feira (4) que pretende se reunir em Brasília com o presidente nacional do partido, Antônio Rueda, para defender o fim da federação entre o União Brasil e o Progressistas (PP).

De acordo com Caiado, a possível união entre as duas siglas tem causado desgastes em diversos estados e não trouxe os resultados esperados desde que começou a ser discutida. A reunião está marcada para esta quarta-feira (5) e deve servir como uma prévia antes da convocação da Executiva Nacional do União Brasil.

Fique ligado! Participe do nosso canal do WhatsApp! Quero Participar


“Mais discórdia do que convergência”

Durante coletiva de imprensa, o governador declarou que a proposta de federação criou mais conflitos do que convergências políticas e fragilizou a coesão interna dos partidos em várias regiões do país.

“Isso não traz um bom relacionamento. Trouxe muito mais discórdia, muito mais perda de parlamentar. Você vê agora o deputado Pedro Lupion, que é uma das maiores lideranças do país, acaba de sair do PP e foi para os Republicanos. Então, quantos também não estarão esperando a janela para poder sair porque têm alguma contrariedade?”, afirmou Caiado.


Defesa pela autonomia dos partidos

Caiado argumentou que cada partido deve manter sua independência e autonomia política nos estados, sem subordinação a outras siglas.

“Cada partido quer ter sua independência territorial. E se tem algo que não deu certo, foi isso. Estamos vendo crise no Paraná, em Santa Catarina, em São Paulo. Esse processo acaba desgastando mais os partidos e os tornando menores do que o planejado. Temos que ter humildade de entender o que dá certo e o que não dá certo”, completou o governador.


Federação só faria sentido em caso de risco eleitoral

O governador também destacou que uma federação só seria justificável se uma das legendas corresse o risco de não atingir o coeficiente eleitoral, o que não se aplica ao União Brasil nem ao Progressistas.

“Pode haver federação ou fusão, desde que o partido esteja numa posição de risco de não sobreviver dentro das regras eleitorais. Mas não é o caso. São dois partidos grandes. Nós temos 59 deputados, eles têm 50. Essa federação foi experimentada, mas mostrou que trouxe mais desgaste do que resultado”, concluiu Caiado.

A discussão ocorre em meio a movimentações políticas que buscam redefinir alianças e estratégias eleitorais para as eleições municipais de 2024 e a sucessão presidencial de 2026.

COMPARTILHE ESTE POST:

Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
MAIS NOTÍCIAS

Mais populares