sexta-feira, 6 dezembro 2024
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Impacto das privatizações na produção de diesel e gás de cozinha no Brasil

A queda na produção de diesel e gás de cozinha nas refinarias privatizadas aumenta a dependência do Brasil em importações, pressionando os preços internos e contribuindo para a inflação.

Privatizações elevam preços do diesel e gás de cozinha

Aumento da dependência externa e pressão nos preços

Desde a privatização das refinarias de Mataripe, na Bahia, e da Amazônia, em Manaus, observa-se uma redução significativa na produção de óleo diesel e gás de cozinha (GLP). Essa queda na produção tem forçado o Brasil a aumentar as importações desses produtos, impactando diretamente os preços ao consumidor e contribuindo para a inflação.

Detalhes da importação e impacto inflacionário

Conforme relatórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), as importações de GLP e diesel representaram 23,4% e 20,2%, respectivamente, do total comercializado no país no primeiro trimestre de 2024. A participação de produtos importados no mercado nacional em 2023 foi de 17% para o gás de cozinha e 25% para o diesel.

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Consequências da redução de produção

Com a privatização, houve uma redução da produção desses derivados. Por exemplo, a refinaria de Mataripe reduziu sua produção diária de GLP de 17,2 mil barris, entre 2013 e 2018, para 13 mil barris, um decréscimo de 24,5%. Simultaneamente, a produção de diesel na mesma refinaria caiu de 86,4 mil barris por dia para 76 mil barris, uma redução de 12%.

Repercussões das privatizações nas refinarias

As reduções na produção após as privatizações ampliaram a necessidade de importações para atender à demanda interna, aumentando a vulnerabilidade do Brasil às flutuações de preço no mercado internacional. Deyvid Bacelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), destaca que a privatização resultou em uma falta de compromisso com o abastecimento nacional.

Implicações econômicas da importação de derivados

Cloviomar Cararine, economista do Dieese, explica que o GLP e o diesel são produtos de baixa rentabilidade e, com a privatização, as refinarias precisam competir com a Petrobrás, que tem vantagens competitivas por produzir o próprio petróleo. Isso leva a uma dependência dos preços internacionais, complicando a estabilidade dos preços domésticos.

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Marina Carvalho
Marina Carvalho
Jornalista dinâmica especializada em multimídia e narrativa digital, com 10 anos de carreira. Liderou projetos de jornalismo móvel, trazendo inovação e interatividade para a cobertura de notícias.
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