Uma operação de grande porte da Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada nesta terça-feira (28), resultou na morte de Júlio Souza Silva, apontado como liderança de uma facção criminosa da Bahia. A ação, batizada de Operação Contenção, tinha como objetivo prender cerca de 100 suspeitos ligados ao Comando Vermelho (CV).
Confronto e prisões
De acordo com informações do G1, o confronto aconteceu nos complexos do Alemão e da Penha, zonas dominadas pela facção na Zona Norte do Rio de Janeiro. Até o fim da operação, quatro suspeitos morreram, 23 foram presos e quatro ficaram feridos, sendo encaminhados sob custódia ao Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Penha.
Entre os mortos, estava Júlio Souza Silva, natural de Salvador, e ligado ao bairro Nordeste de Amaralina — uma das áreas mais conhecidas por conflitos relacionados ao tráfico de drogas na capital baiana.
Segundo apuração do portal Alô Juca, Júlio já havia cumprido pena no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador, e estava em regime semiaberto. Ele teria se refugiado no Rio de Janeiro para escapar da intensificação das operações policiais na Bahia.
Apreensões e alvos
Durante a ação, os agentes apreenderam um fuzil calibre 5.56 com bandeira da Bahia estampada e nove motocicletas utilizadas por integrantes da quadrilha.
As investigações apontam que o grupo baiano possuía conexões diretas com o Comando Vermelho, enviando drogas, armas e munições entre os estados.
Ainda segundo a publicação, dois outros chefes do tráfico baiano — identificados pelos apelidos “Buel” e “Tio Chico”, apontados como líderes do CV em Salvador e no Recôncavo baiano — estão entre os alvos da operação e continuam sendo procurados.
Operação Contenção
A Operação Contenção é uma das maiores ofensivas recentes contra o Comando Vermelho no Rio, envolvendo centenas de agentes, blindados e helicópteros. O objetivo, segundo a polícia, é reduzir o poder territorial da facção e capturar criminosos de outros estados que buscaram abrigo nas comunidades cariocas.
O governador Cláudio Castro (PL) afirmou que a operação representa “um recado claro de que o Estado não recuará diante do crime organizado” e que as ações devem continuar nos próximos dias.
