sábado, 21 dezembro 2024
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Eleições 2024: PT prioriza esquerda, e PL mira ‘base infiel’ de Lula nas capitais

PT e PL definem estratégias eleitorais nas capitais, com foco em alianças de esquerda e 'base infiel' de Lula. Entenda o cenário.

PT prioriza esquerda, e PL mira ‘base infiel’ de Lula nas capitais

O encerramento do prazo para as convenções partidárias na segunda-feira (5) consolidou um cenário de alianças nas capitais que incluem um PT com prioridade a chapas de candidatos de esquerda e um PL com partidos de parte da “base infiel” do governo Lula no Congresso Nacional.

Estratégias dos partidos

A definição das alianças mexe no tabuleiro eleitoral e aponta estratégias dos partidos do presidente Lula (PT) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que devem ter consequências nas eleições nacionais de 2026.

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Embates diretos em capitais

Os dois partidos terão embates diretos em oito capitais, mas sem uma tendência clara de polarização na maioria delas. Em ao menos duas — São Luís e Palmas — PL e PT vão apoiar candidatos de partidos de um campo político oposto.

Alianças do PT

O PT definiu candidaturas em 13 das 26 capitais e terá candidato a vice em outras 5. Em oito capitais, o partido de Lula não terá representantes na chapa majoritária, incluindo colégios eleitorais como Rio de Janeiro, Recife e Curitiba. As decisões passam pela estratégia de fortalecer o projeto nacional do partido, com prioridade à eleição presidencial de 2026.

Parcerias com PSOL, PSB e outros partidos

Partidos como PSOL, PSB e MDB serão os parceiros preferenciais nas capitais onde o partido não terá candidato. Também foram selados apoios a pré-candidatos do PDT, PV, PSD e até mesmo do PSDB, tradicional adversário dos petistas.

Alianças do PL

O PL terá candidaturas próprias em 14 das 26 capitais brasileiras, incluindo grandes colégios eleitorais como Belo Horizonte, Fortaleza e Rio de Janeiro. Mas deve iniciar a campanha com candidatos liderando nas pesquisas em cidades menores como Cuiabá, Palmas e Aracaju. O partido indicou o vice em 9 das 12 capitais onde os bolsonaristas não terão candidato a prefeito. Em apenas 3 ficou fora da chapa majoritária — Salvador, Teresina, Natal.

Parcerias com MDB, PSD e União Brasil

Na formação das alianças, foram priorizados MDB, PSD e União Brasil, partidos que não apoiaram Bolsonaro em 2022 e agora fazem parte da base aliada de Lula. Cada partido comanda três ministérios na Esplanada, mas parte de suas bancadas costuma votar contra o governo.

Conflitos internos e intervenções

A costura das alianças foi cercada de embates internos e resistências e incluiu até intervenções nos diretórios locais, como em Campo Grande e Macapá. O MDB se consolidou como um parceiro estratégico do PL e vai receber o apoio do partido em São Paulo, Porto Alegre e Boa Vista.

Desafios e expectativas

Na capital paulista, a negociação se arrastou por meses, mas acabou prevalecendo o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes. Em Porto Alegre, o caminho natural foi se alinhar ao prefeito Sebastião Melo, aliado de Bolsonaro há dois anos.

Conclusão

Dobradinhas entre PSD e PL foram firmadas no Sul, com o apoio ao vice-prefeito Eduardo Pimentel em Curitiba e ao prefeito Topazio Neto em Florianópolis. A única capital com uma polarização mais clara entre os dois partidos será o Rio de Janeiro, com o embate entre Eduardo Paes (PSD) e Alexandre Ramagem (PL).

Pré-candidatos apoiadas pelo PT:
Aracaju (SE) – Candisse Carvalho (PT)
Belo Horizonte (MG) – Rogério Correia (PT)
Campo Grande (MS) – Camila Jara (PT)
Cuiabá (MT) – Lúdio Cabral (PT)
Florianópolis (SC) – Vanderlei Lela (PT)
Fortaleza (CE) – Evandro Leitão (PT)
Goiânia (GO) – Adriana Accorsi (PT)
João Pessoa (PB) – Luciano Cartaxo (PT)
Manaus (AM) – Marcelo Ramos (PT)
Natal (RN) – Natália Bonavides (PT)
Porto Alegre (RS) – Maria do Rosário (PT)
Teresina (PI) – Fábio Novo (PT)
Vitória (ES) – João Coser (PT)
Belém (PA) – Edmilson Rodrigues (PSOL)
Macapá (AP) – Paulo Lemos (PSOL)
São Paulo (SP) – Guilherme Boulos (PSOL)
Curitiba (PR) – Luciano Ducci (PSB)
Recife (PE) – João Campos (PSB)
São Luís (MA) – Duarte Júnior (PSB)
Maceió (AL) – Rafael Brito (MDB)
Rio Branco (AC) – Marcus Alexandre (MDB)
Salvador (BA) – Geraldo Júnior (MDB)
Palmas (TO) – Júnior Geo (PSDB)
Rio de Janeiro (RJ) – Eduardo Paes (PSD)
Porto Velho (RO) – Célio Lopes (PDT)
Boa Vista (RR) – Mauro Nakashima (PV)

Pré-candidatos apoiados pelo PL:
Aracaju (SE) – Emília Corrêa (PL)
Belém (PA) – Éder Mauro (PL)
Belo Horizonte (MG) – Bruno Engler (PL)
Cuiabá (MT) – Abílio Brunini (PL)
Fortaleza (CE) – André Fernandes (PL)
Goiânia (GO) – Fred Rodrigues (PL)
João Pessoa (PB) – Marcelo Queiroga (PL)
Maceió (AL) – João Henrique Caldas (PL)
Manaus (AM) – Capitão Alberto Neto (PL)
Palmas (TO) – Janad Valcari (PL)
Recife (PE) – Gilson Machado (PL)
Rio Branco (AC) – Tião Bocalom (PL)
Rio de Janeiro (RJ) – Alexandre Ramagem (PL)
Vitória (ES) – Capitão Assumção (PL)
Boa Vista (RR) – Arthur Henrique (MDB)
Porto Alegre (RS) – Sebastião Melo (MDB)
São Paulo (SP) – Ricardo Nunes (MDB)
Natal (RN) – Paulinho Freire (União Brasil)
Porto Velho (RO) – Mariana Carvalho (União Brasil)
Salvador (BA) – Bruno Reis (União Brasil)
Curitiba (PR) – Eduardo Pimentel (PSD)
Florianópolis (SC) – Topazio Neto (PSD)
Macapá (AP) – Aline Gurgel (Republicanos)
Campo Grande (MS) – Beto Pereira (PSDB)
Teresina (PI) – Dr. Pessoa (PRD)
São Luís (MA) – Duarte Júnior (PSB)

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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