O ano de 2024 começou marcado por uma surpreendente reaproximação entre a bancada evangélica e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Desde a campanha de 2022, Lula busca conquistar esse grupo, que, de acordo com pesquisas eleitorais recentes, não representou uma parte expressiva de seu eleitorado.
A mudança de tom ocorreu após um ato da Receita Federal, divulgado no Diário Oficial da União, que suspendeu a isenção fiscal concedida a líderes religiosos, como pastores. A medida, implementada em agosto de 2022 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, gerou forte reação da bancada evangélica.
Em resposta, parlamentares evangélicos se reuniram com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e representantes do Fisco. Após o encontro, Haddad anunciou a criação de um grupo de trabalho com o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) para discutir o tema.
Inicialmente, a Frente Parlamentar Evangélica reagiu veementemente, considerando a medida um “ataque explícito” ao segmento religioso e afirmando que ações desse tipo afastam a população cristã do governo federal.