segunda-feira, 14 julho 2025
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Parque de Exposições encerra São João em Salvador com noite de emoção e celebração popular

O São João de Salvador viveu neste domingo (23) um de seus momentos mais intensos e memoráveis no Parque de Exposições. Com uma mistura afiada de romantismo, swing e sentimento à flor da pele, o espaço foi palco de uma noite que começou como festa e terminou como catarse coletiva. Milhares de pessoas se reuniram para celebrar a data ao som de nomes como Pablo, Parangolé e Silvanno Salles, numa maratona de emoções que selou com grandeza o encerramento oficial dos festejos juninos no local.

Logo nas primeiras horas da noite, o clima já era de antecipação. Famílias inteiras, casais, grupos de amigos e forrozeiros fiéis circulavam entre barracas de comida típica, bandeirolas e sorrisos fáceis. O São João no Parque não é apenas mais um evento do calendário: é ponto de encontro de memórias, lugar onde o sagrado e o popular se misturam ao som da sanfona e do teclado.

Pablo, conhecido como o “rei da sofrência”, trouxe um repertório que tocou direto o coração do público. Clássicos como “Porque Homem Não Chora” foram cantados em coro por uma multidão que parecia querer eternizar aquele instante. Na sequência, o Parangolé, com sua energia inconfundível, trocou a saudade pelo ritmo frenético do pagode baiano. O chão tremeu, literalmente, ao som de “Tchubirabirom” e outros sucessos. E para fechar a noite com a dose certa de romantismo e brega apaixonado, Silvanno Salles subiu ao palco como quem entende da alma do povo: cantou o que o povo sente, e foi aplaudido como se cada música fosse uma confissão coletiva.

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O encerramento no Parque não teve gosto de fim, mas de celebração. Foi como fechar um livro bonito: a história termina, mas a sensação fica. Houve quem chorasse, quem dançasse até o último acorde, quem ficasse parado apenas observando — como quem sabe que está vivendo algo que vai fazer falta. E talvez seja esse o maior valor do São João no Parque: ele não é feito só de artistas no palco, mas de gente viva em cada canto.

No contexto específico do Parque de Exposições, o impacto econômico também foi expressivo e visível. Durante os dias de festa, especialmente no encerramento do dia 23, dezenas de barraqueiros e ambulantes celebraram a alta nas venda. O movimento intenso no entorno e dentro do espaço garantiu faturamento extra para comerciantes, trabalhadores autônomos e prestadores de serviço locais. Para muitos, o São João no Parque representa o auge do ano em termos de renda — um verdadeiro respiro financeiro que, além de movimentar a cadeia produtiva da festa, reafirma o evento como motor direto da economia popular que gira ali, do lado de dentro das grades, entre o palco e o povo.

Se por um lado o encerramento oficial no espaço foi marcado por essa mistura de festa e saudade, por outro, o São João da cidade ainda tem um capítulo a ser escrito. Nesta segunda-feira (24), o Pelourinho assume o papel de palco final da programação junina, prometendo encerrar a temporada com a mesma força simbólica com que começou. O convite está feito para quem quer viver o São João no berço cultural de Salvador, onde cada beco conta uma história e cada sanfona é herança viva.

E se 2025 já deixa saudade, 2026 já nasce com promessa. O São João no Parque de Exposições mostrou, mais uma vez, que Salvador sabe festejar com identidade, diversidade e afeto. Ano que vem tem mais. E se for como esse — ou ainda melhor — a gente já pode começar a contagem regressiva.

SÃO JOÃO MINHA BAHIA uma realização da 585 Studios, com apoio do Governo do Estado, através da Superintendência de Fomento ao Turismo – Sufor.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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