Super-ricos devem pagar mais, defende Rui Costa: “Justiça social”
Rui Costa propõe aumento da taxação dos super-ricos para 10% e isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil. Governo busca justiça social com reforma tributária.
Ministro da Casa Civil propõe aumento de 10% na taxação de grandes fortunas e amplia isenção do IR para baixa renda
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, defendeu nesta segunda-feira (16) o aumento da taxação sobre os super-ricos no Brasil para até 10%. A proposta do governo federal também inclui a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês. As declarações foram feitas durante entrevistas concedidas a emissoras de rádio de Salvador.
“O governo está trazendo mais justiça social. No Brasil, o pobre paga mais imposto do que os ricos. O que Lula está querendo fazer é que os muito ricos contribuam pelo menos em 10% com o Imposto de Renda”, afirmou Rui Costa, reforçando a defesa do Palácio do Planalto por uma reforma tributária mais progressiva.
Isenção de IR para até R$ 5 mil começa em 2026
Rui Costa destacou que o projeto de lei enviado pelo Executivo ao Congresso Nacional prevê a isenção total de imposto para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil mensais.
“Lula enviou para o Congresso um projeto para isentar todo e qualquer trabalhador que ganhe até R$ 5 mil, e isso valerá a partir de janeiro de 2026”, explicou o ministro.
A medida também contempla a isenção tributária sobre os produtos da cesta básica nacional, visando reduzir o impacto da inflação sobre os itens de consumo popular. Apesar das declarações, a proposta ainda está em tramitação na Câmara dos Deputados, sem previsão definida para a votação.
Taxação de super-ricos no Brasil e no mundo
No plano nacional, o governo Lula tem apresentado medidas para garantir maior justiça fiscal, como a criação de uma alíquota mínima de Imposto de Renda para indivíduos com rendas superiores a R$ 600 mil ao ano, podendo chegar a 10% para quem ultrapassa R$ 1,2 milhão anuais. Outra medida defendida pela equipe econômica é a taxação de dividendos distribuídos a grandes investidores.
Essas ações têm como objetivo viabilizar as políticas de isenção para as faixas mais baixas de renda sem comprometer o equilíbrio fiscal e sem aumentar o peso tributário sobre a classe média.
Proposta brasileira avança no G20 com apoio da Europa
No cenário internacional, o Brasil também tem defendido uma tributação global para bilionários. A proposta, apresentada durante encontros do G20, inclui a aplicação de um imposto mínimo de 2% sobre a riqueza dos ultra-ricos, com apoio de países como França e outras nações da União Europeia.
Segundo o governo, a medida busca combater a evasão fiscal internacional, promover justiça social e garantir recursos para enfrentar desafios globais como pobreza, desigualdade e mudanças climáticas.
