terça-feira, 17 junho 2025
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Dólar sobe e Ibovespa cai com reação do mercado à queda na aprovação de Lula

Mercado financeiro reage a pesquisa Quaest que indica pior avaliação do governo Lula; dólar avança a R$ 5,64 e Bolsa recua com queda no petróleo e incertezas fiscais.

Dólar fecha em alta e Ibovespa recua após mercado reagir à queda na aprovação de Lula

Pesquisa Quaest pressiona ambiente político e impacta o mercado financeiro

O dólar à vista fechou esta quarta-feira (4) com alta de 0,17%, cotado a R$ 5,64. No mesmo dia, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira (B3), recuou 0,40%, encerrando aos 137.001 pontos. A movimentação dos mercados ocorreu em meio à divulgação da nova pesquisa Genial/Quaest, que mostrou a pior avaliação do governo Lula até o momento.

“Trade eleitoral” influenciou abertura do Ibovespa

Segundo Alexsandro Nishimura, economista e sócio da fintech Nomos, o mercado abriu em alta com foco no chamado “trade eleitoral”, refletindo o aumento da desaprovação ao governo, que alcançou 43% na pesquisa. O efeito, contudo, teve curta duração. “O Ibovespa abriu em alta, com o ‘trade eleitoral’ em foco, depois da divulgação da pesquisa Genial/Quaest, que mostrou um recorde de desaprovação do governo Lula”, explicou Nishimura. No fim da manhã, o índice passou a operar no vermelho.

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Queda no petróleo pesou sobre ações da Petrobras

A virada negativa foi intensificada pela queda nos contratos futuros de petróleo. A estatal Saudi Aramco anunciou a redução dos preços para compradores da Ásia, o que pressionou os preços da commodity. O Brent para julho recuou 1,17%, cotado a US$ 64,86, enquanto o WTI subiu 0,88%, fechando em US$ 62,85. A queda impactou as ações da Petrobras e de outras petroleiras, contribuindo para a baixa do Ibovespa.

Incertezas fiscais aumentam cautela no mercado

Outro fator de pressão foi a expectativa por medidas alternativas à elevação do IOF, que foram adiadas para o fim de semana. A indefinição em torno do ajuste fiscal tem gerado desconforto entre investidores.

“A expectativa em torno de medidas alternativas ao aumento do IOF, agora adiadas para o fim de semana, contribuiu para o sentimento de incerteza no mercado doméstico”, afirmou Nishimura.

Cenário internacional também influencia dólar

No plano externo, o dólar operou com força limitada após a divulgação do relatório ADP, que mostrou a criação de apenas 37 mil vagas em maio nos Estados Unidos, bem abaixo da projeção de 110 mil. Bruno Shahini, especialista da Nomad, aponta que a emissão de títulos soberanos do Brasil no exterior, com forte demanda de investidores estrangeiros, ajudou a conter a valorização da moeda americana frente ao real.

“No plano doméstico, o destaque permanece na indefinição quanto às medidas compensatórias para o fim da cobrança do IOF”, afirmou Shahini.

Críticas de Trump ao Fed adicionam volatilidade

No cenário político internacional, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, criticou novamente o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, pedindo cortes urgentes nos juros.

“Powell está atrasado e deve cortar os juros agora. Ele é inacreditável! A Europa já diminuiu (os juros) nove vezes”, escreveu Trump na rede Truth Social.

O Federal Reserve, em seu Livro Bege, sinalizou uma leve redução da atividade econômica nos Estados Unidos, com inflação moderada e estabilidade no mercado de trabalho, mas destacou níveis elevados de incerteza, especialmente em relação às tarifas.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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