Vacina contra dengue do Butantan deve chegar à população no início de 2026
Alexandre Padilha anuncia que a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Butantan deve estar disponível no Brasil a partir de 2026. Imunizante aguarda aprovação final da Anvisa.
Ministro Alexandre Padilha afirma que imunizante está em fase final de avaliação pela Anvisa
A tão aguardada vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan deve começar a ser distribuída em todo o Brasil no começo de 2026, segundo anunciou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em coletiva concedida nesta quinta-feira (25).
Vacina aguarda resposta da Anvisa
De acordo com Padilha, o imunizante está passando por etapas de análise pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que solicitou informações adicionais ao instituto.
“A vacina está em fase de avaliação. A Anvisa solicita e questiona alguns dados, e o Instituto Butantan está respondendo a essas solicitações. A nossa expectativa é concluir toda essa avaliação para que a vacina esteja disponível no começo do ano que vem”, explicou o ministro.
A expectativa do Ministério da Saúde é de que, após a aprovação regulatória, a vacina entre no calendário nacional de imunização e seja incorporada aos esforços de combate à dengue em todo o país.
Casos de dengue recuam, mas São Paulo preocupa
Padilha também destacou que, em comparação com o mesmo período de 2024, houve uma redução superior a 70% no número de casos de dengue no Brasil e queda de mais de 80% nos óbitos registrados.
Apesar do cenário positivo em boa parte do território nacional, o estado de São Paulo apresenta um quadro preocupante, com aumento na circulação do vírus e concentração relevante de casos e mortes no país.
Butantan lidera desenvolvimento nacional de vacina contra dengue
O Instituto Butantan, referência na produção de vacinas no Brasil, vem conduzindo o desenvolvimento da vacina contra a dengue com tecnologia própria e testes clínicos avançados. A iniciativa é vista como estratégica para reduzir a dependência de imunizantes importados e ampliar o acesso da população à proteção contra a doença, especialmente em regiões com maior incidência.
A previsão para o início da aplicação em 2026 marca um passo importante no enfrentamento da dengue, que historicamente sobrecarrega os sistemas de saúde durante surtos e epidemias sazonais.