Deputado Adolfo Viana é escalado pelo PSDB para tentar destravar federação com o Podemos
PSDB escolhe o deputado baiano Adolfo Viana para mediar impasse com o Podemos e tentar salvar a federação. Disputa envolve comando partidário e fundo eleitoral.
Disputa por controle partidário, fundo eleitoral na Bahia e alinhamento para 2026 travam avanço das negociações
Em meio ao impasse que ameaça a criação da federação partidária entre PSDB e Podemos, o PSDB decidiu escalar o deputado federal baiano Adolfo Viana como articulador para tentar mediar um acordo e manter vivo o projeto conjunto.
Segundo informações da Metropolítica, Viana foi escolhido por sua capacidade de articulação e perfil conciliador, características valorizadas internamente pelos tucanos. A tarefa, no entanto, é desafiadora. Entre os principais entraves estão o controle do fundo eleitoral destinado à Bahia, o alinhamento político nas eleições de 2026 e a definição de quem comandará nacionalmente a nova federação.
Renata Abreu rejeita rodízio proposto por Marconi Perillo
A presidente do Podemos, Renata Abreu, exige o comando integral da federação por quatro anos, algo que o PSDB considera inaceitável. O presidente tucano, Marconi Perillo, propôs uma solução intermediária: um sistema de rodízio, com as siglas se alternando na presidência da federação a cada dois anos. A proposta foi prontamente recusada por Renata.
Um dirigente baiano ligado ao PSDB comentou, sob reserva, a dificuldade do cenário:
“A questão é muito difícil de resolver. Renata impôs como condição ficar com o controle total do partido por quatro anos. Isso nós não aceitamos. Marconi propôs o rodízio, mas ela recusou. Vamos ver se Adolfo consegue salvar o acordo.”
Bahia como ponto-chave nas negociações
O fundo eleitoral destinado à Bahia se tornou um dos pontos mais sensíveis da negociação. A direção tucana teme que a centralização do poder por parte do Podemos possa comprometer estratégias regionais fundamentais, especialmente em estados onde o PSDB ainda possui capilaridade.
A entrada de Adolfo Viana no processo sinaliza que os tucanos ainda não desistiram da federação, vista como essencial para a sobrevivência eleitoral dos dois partidos diante das novas cláusulas de barreira e do cenário de recomposição política até 2026.