Educadores entram em greve e acampam no prédio da prefeitura de Lauro de Freitas cobrando reajuste salarial
Servidores da Educação de Lauro de Freitas iniciam greve e ocupam prédio da prefeitura cobrando reajuste salarial. Sindicato denuncia abandono e desrespeito por parte da gestão municipal.
Categoria denuncia abandono, atraso na data-base e falta de diálogo com a prefeita Moema Gramacho
Os servidores da Educação de Lauro de Freitas, município da Região Metropolitana de Salvador, iniciaram nesta quinta-feira (3) uma greve por tempo indeterminado e montaram um acampamento no prédio do Centro Administrativo (CALF). A decisão foi motivada pela ausência de respostas da prefeitura sobre a proposta de reajuste salarial.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal (ASPROLF), Valdir Silva, o movimento acontece após meses de impasse nas negociações com a gestão da prefeita Moema Gramacho (PT).
Negociação travada e reivindicações ignoradas
Segundo Valdir Silva, a prefeitura apresentou em maio uma proposta de reajuste escalonado de 2%, sendo 1% em julho e 1% em dezembro, além de 6,27% de correção do piso salarial nacional. A categoria, no entanto, apresentou uma contraproposta no dia 13 de junho, exigindo um reajuste linear de 6% ainda este ano.
Apesar do envio formal das reivindicações, o sindicato afirma que não houve qualquer retorno oficial da prefeitura, o que foi interpretado como descaso com os servidores.
“A questão que o movimento se pergunta é ou ninguém está trabalhando aqui no CALF ou é de fato um desrespeito, uma negligência com os servidores públicos, principalmente os da educação, que não tiveram resposta de qual seria o reajuste, já que a data base está atrasada”, declarou Valdir Silva.
Greve e ocupação no CALF
Com a paralisação, os profissionais da educação iniciaram uma ocupação permanente no prédio da prefeitura, montando barracas de camping e colchões na área externa do CALF.
“A partir de hoje, a greve iniciou e vai continuar até ter uma resposta da prefeita, que parece que só anda nas redes sociais. Ela precisa vir para cá porque, se tivesse aqui, teria acesso ao documento”, afirmou Valdir.
Prefeitura ainda não se posicionou
Até o momento, a Prefeitura de Lauro de Freitas não se pronunciou oficialmente sobre a paralisação ou sobre as reivindicações da categoria. O espaço segue aberto para manifestação da gestão municipal.
A greve promete impactar diretamente o funcionamento da rede pública de ensino do município, enquanto o sindicato reforça que a mobilização permanecerá até que haja uma resposta concreta e respeitosa aos educadores.