A Pejota Construções e Terraplanagem, que recentemente firmou um novo contrato no valor de R$ 12,2 milhões com a Prefeitura de Lauro de Freitas, aparece citada em uma delação premiada no âmbito da Operação Faroeste.
Deflagrada em 2019 pela Polícia Federal, a Operação Faroeste investiga um esquema de venda de decisões judiciais dentro do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), envolvendo magistrados, advogados e empresários.
Citação em delação premiada
A construtora foi mencionada na delação da ex-desembargadora Sandra Inês Moraes Rusciolelli Azevedo, aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça em 11 de junho, sob acusação de corrupção.
Segundo o relato da magistrada, a Pejota Construções estaria envolvida em um litígio judicial contra a empresa MAF Projetos e Obras. Ainda conforme a delação, a construtora teria pago R$ 25 mil para obter uma decisão favorável no processo.
Reversão da decisão
De acordo com Sandra Inês, pouco tempo após a decisão inicial, a empresa adversária teria desembolsado R$ 150 mil para que a desembargadora revertesse o entendimento anterior, anulando a sentença favorável à Pejota.
As informações constam nos autos da colaboração premiada homologada no âmbito da Operação Faroeste, que segue em andamento e apura a atuação de diversos agentes públicos e privados no esquema.
Novo contrato sob questionamentos
A citação da Pejota Construções em uma delação relacionada a um dos maiores escândalos do Judiciário baiano levanta questionamentos sobre critérios de contratação e análise de antecedentes em contratos firmados com o poder público, especialmente diante do novo vínculo milionário com a gestão municipal de Lauro de Freitas.
Até o momento, não há registro de condenação definitiva contra a empresa no âmbito da Operação Faroeste. O espaço segue aberto para manifestação da construtora e da Prefeitura de Lauro de Freitas.
