Homem confessa triplo homicídio em Ilhéus

Homem confessa triplo homicídio em Ilhéus, diz ter agido sob efeito de drogas e detalha ataque com faca contra três mulheres.

Confissão durante audiência de custódia

Thierry Lima da Silva confessou ter assassinado três mulheres em Ilhéus, no sul da Bahia, durante uma tentativa de assalto no dia 15 de agosto. Em depoimento à Polícia Civil, ele disse que estava sob efeito de drogas e que agiu sozinho, utilizando uma faca para atacar as vítimas. O suspeito foi preso inicialmente por tráfico de drogas e, na audiência de custódia realizada na segunda-feira (25), admitiu o triplo homicídio. A Justiça converteu a prisão em flagrante em preventiva.

Detalhes do crime

As vítimas foram Maria Helena do Nascimento Bastos, 41 anos, sua filha Mariana Bastos da Silva, 20, e a professora Alexsandra Oliveira Suzart, 45. Elas haviam saído para passear com um cachorro na Praia dos Milionários, mas não retornaram. Os corpos foram encontrados no dia seguinte em uma área de vegetação próxima ao mar, por jovens da igreja frequentada por duas delas. O cachorro foi localizado vivo, amarrado a uma árvore.

Versão apresentada pelo suspeito

No interrogatório, Thierry relatou que tentou roubar uma das mulheres, arrastando-a pelo braço com a faca em mãos. As outras duas vítimas tentaram intervir e também foram atacadas. Ele disse ter roubado cerca de R$ 30. Após o crime, queimou a bermuda manchada de sangue, dormiu em uma praça no bairro Pontal e prendeu o cachorro em um coqueiro próximo à cena.

Contradições e histórico criminal

Apesar das declarações, a polícia identificou contradições no depoimento. Thierry já possui histórico de infrações desde a adolescência, incluindo passagens por dano, ameaça, furto, lesão corporal, violência doméstica e vias de fato.

Investigações continuam

A Polícia Civil segue colhendo provas para confirmar ou refutar a versão apresentada. As investigações incluem laudos periciais, exames de DNA, confronto de digitais e análise de câmeras de segurança. Mais de uma dezena de testemunhas já foi ouvida.

O órgão reforça que denúncias anônimas podem ser feitas pelo Disque-Denúncia 181, contribuindo para o avanço das apurações.