sábado, 8 novembro 2025
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Esquema de rachadinha é investigado na Câmara Municipal de Itapé

Ministério Público da Bahia apura denúncias de rachadinha, nepotismo e desvio de recursos públicos na Câmara Municipal de Itapé, sob a presidência da vereadora Ive Cleia Alves Pinto de Almeida (PSB).

MP-BA investiga esquema de rachadinha e nepotismo na Câmara de Itapé, presidida pela vereadora Ive Cleia Alves Pinto de Almeida.

Ministério Público apura nepotismo e contratação irregular

A Câmara Municipal de Itapé, no sul da Bahia, está sendo alvo de uma investigação conduzida pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) por um suposto esquema de rachadinha e nepotismo. O procedimento foi instaurado no último dia 22 e busca apurar denúncias e responsabilidades dos envolvidos.

A presidência da Casa é ocupada pela vereadora Ive Cleia Alves Pinto de Almeida, conhecida como Ive de Reinaldo (PSB). A investigação também aponta indícios de contratação de funcionários fantasmas e abuso de poder econômico, o que levou a Justiça a prorrogar o processo por mais 90 dias.

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Suspeitas de desvio de recursos públicos

O inquérito tem como foco principal a atuação de agentes públicos locais e a gestão administrativa da Câmara. Há suspeitas de que recursos destinados a áreas essenciais, como saúde e educação, tenham sido desviados, além de indícios de servidores lotados sem comprovação de trabalho efetivo.

Histórico de afastamentos e irregularidades

Em 2018, a Justiça, atendendo a um pedido do Ministério Público da Bahia, determinou o afastamento de cinco vereadores da Câmara Municipal, incluindo o então presidente da Casa.

Na época, a operação investigava desvio de verbas públicas, uso indevido de cheques da Câmara para fins pessoais — como compra de gado e materiais de construção —, além de outras irregularidades que reforçaram o histórico de má gestão na instituição.

Entenda o esquema de rachadinha

O esquema de rachadinha consiste no desvio de dinheiro público por meio da apropriação parcial dos salários de assessores parlamentares, pagos com recursos dos cofres públicos.

Nesse tipo de prática, o servidor é cooptado a devolver parte do salário ao político responsável pela nomeação, seja por transferências bancárias ou pelo pagamento de despesas pessoais do parlamentar.

Consequências legais e outros crimes associados

Embora não exista um artigo específico no Código Penal que trate diretamente da rachadinha, a prática é considerada ilegal e pode envolver crimes de peculato, concussão e corrupção passiva.

Além disso, o esquema costuma estar ligado a outros crimes, como lavagem de dinheiro e contratação de funcionários fantasmas ou laranjas, com o objetivo de ocultar a origem dos recursos desviados.

O MP-BA segue apurando o caso e deverá ouvir novos depoimentos nos próximos meses, com o intuito de esclarecer o destino dos valores e a participação de cada envolvido.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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