Plano emergencial contra tarifaço dos EUA será anunciado até terça-feira, diz Alckmin
Alckmin prevê anúncio do plano emergencial contra tarifaço dos EUA até terça. Medidas ainda aguardam aprovação de Lula.
Medidas devem amparar setores com forte dependência das exportações
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (7) que o governo deve anunciar até a próxima terça-feira (12) um plano emergencial para conter os impactos da taxação imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.
Segundo Alckmin, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não definiu oficialmente quais medidas serão adotadas, mas o anúncio está previsto para ocorrer nos próximos dias. A declaração foi dada durante entrevista na sede do ministério, em Brasília.
Setores mais impactados terão prioridade
De acordo com o vice-presidente, o foco do plano será direcionado aos setores cuja produção é majoritariamente voltada à exportação — em alguns casos, até 50% da produção. Indústrias com maior dependência do mercado norte-americano serão as primeiras a receber atenção nas medidas de apoio.
Governo estuda crédito subsidiado e ampliação do Reintegra
Embora o pacote ainda esteja em discussão, Alckmin adiantou que entre as alternativas consideradas pelo governo estão a ampliação do programa Reintegra, voltado para pequenos exportadores, e a criação de uma nova linha de crédito com juros subsidiados. A proposta busca oferecer fôlego financeiro para as empresas manterem suas atividades diante da elevação de tarifas.
Encontro com diplomata dos EUA ocorreu nesta quinta
Ainda nesta quinta-feira, Alckmin se reuniu com o Encarregado de Negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, principal representante diplomático norte-americano em território nacional. O vice-presidente classificou a conversa como “boa”, mas não revelou detalhes sobre o teor da reunião.
A expectativa do governo é de minimizar os efeitos do tarifaço sem comprometer as relações comerciais com os Estados Unidos, que continuam sendo um dos principais destinos das exportações brasileiras.
