Com público estimado em dezenas de milhares de pessoas, a terceira noite do evento gratuito, promovido pelo Governo do Estado, foi um espetáculo à parte — reunindo grandes nomes da música nacional, segurança reforçada, ações sociais e uma estrutura logística exemplar que garantiu conforto e mobilidade ao público até o amanhecer.
Desde o início da noite, com os portões abertos às 17h, o público já dava sinais do que seria a grande celebração: famílias, jovens, turistas e moradores da capital se reuniram num clima de confraternização, embalados pelos primeiros acordes de artistas como Juciê e Fábio Carneirinho.
A diversidade de estilos já indicava a proposta do evento: uma festa para todos os gostos. Quando Thiago Aquino subiu ao palco, por volta das 20h40, o Parque já estava tomado. O cantor de Feira de Santana entregou uma apresentação intensa, baseada em seu repertório de forró romântico e sofrência, provocando coro coletivo entre os fãs.
Mas foi com a chegada de João Gomes, às 22h10, que a noite atingiu seu primeiro grande clímax. Carismático e ciente do tamanho que conquistou no cenário musical brasileiro, o jovem pernambucano levou ao palco seus maiores sucessos, como “Dengo”, “Aquelas Coisas” e “Eu Tenho a Senha”. Com uma presença magnética e simplicidade no falar, Gomes conquistou ainda mais os baianos — que, de coração aberto, cantaram cada verso como se fizessem parte da própria história. Sua mistura de forró, piseiro e vaquejada ressoa não apenas como estilo, mas como identidade cultural.
A temperatura subiu ainda mais com a entrada triunfal de Simone Mendes, às 23h40. Em uma performance marcada por figurino vibrante, potência vocal e carisma natural, Simone entregou um show impecável que percorreu seus hits solo e também relembrou sucessos da época em que formava dupla com Simaria. Foi dela o maior cachê da noite — R$ 800 mil — mas o investimento foi justificado por um show profissional, animado e tecnicamente impecável. A artista mostrou por que tem consolidado sua carreira solo com força e versatilidade no palco.
A madrugada avançou e, mesmo assim, o público não deu sinal de cansaço. Às 1h10, foi a vez de Xand Avião, um dos veteranos do forró eletrônico, reaquecer a multidão com seus clássicos e novas faixas dançantes. A mistura de nostalgia e novidade trouxe um ritmo constante de dança entre os presentes, mantendo a chama acesa.
Por volta das 2h40, a cena ganhou nova vida com Léo Santana, um dos maiores nomes do pagode baiano e figura carimbada nos principais palcos do país. Em um show enérgico e visualmente impactante, Léo sacudiu o Parque com hits como “Zona de Perigo”, “Santinha” e “Rebolation”, além de momentos de improviso que incendiaram o público. Sua presença reforçou a força do São João baiano em abraçar não apenas o forró, mas a multiplicidade de ritmos que fazem parte da alma nordestina.
Além da programação artística, a estrutura do evento também merece destaque, a organização garantiu uma festa segura e acolhedora. O sistema de transporte público, com metrô operando 24 horas e reforço nas linhas de ônibus, funcionou de forma eficiente, evitando gargalos e facilitando o acesso de todos. A campanha solidária do programa Bahia Sem Fome também foi ponto alto: incentivando a doação de alimentos, o evento cumpriu seu papel social para além do entretenimento.
A noite de 19 de junho de 2025 no Parque de Exposições ficará registrada como um exemplo de como o São João pode — e deve — ser celebrado: com respeito à tradição, valorização dos artistas, acesso democrático ao lazer e envolvimento social. Foi mais que um show. Foi cultura viva em sua forma mais vibrante.
SÃO JOÃO MINHA BAHIA uma realização da 585 Studios, com apoio do Governo do Estado, através da Superintendência de Fomento ao Turismo – Sufotur.