domingo, 22 dezembro 2024
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Governo busca conter crise na Petrobras, mas incertezas persistem

Haddad afirma que distribuição dos lucros extraordinários dependerá de garantias para os investimentos. Pressão sobre a estatal resulta em queda no valor de mercado.

Governo busca conter crise na Petrobras, mas incertezas persistem

A semana iniciou com a Petrobras enfrentando uma crise significativa. A estatal se viu sob pressão após o anúncio de retenção dos dividendos extraordinários aos acionistas e a divulgação de uma queda nos lucros. Como resultado, houve uma redução de R$ 55,3 bilhões no valor de mercado da empresa, com uma queda de 10% nas ações na Bolsa brasileira (B3).

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nesta segunda-feira (11/3), contribuíram para aumentar a tensão no mercado. Em entrevista ao SBT, o presidente afirmou ser necessário priorizar o investimento e considerar os 200 milhões de brasileiros que são proprietários ou sócios da empresa.

“O que não é correto é a Petrobras, que tinha que distribuir R$ 45 bilhões de dividendos, querer distribuir R$ 80 bilhões. E R$ 40 bilhões a mais que poderiam ter sido colocados para investimento, fazer mais pesquisa, mais navio, mais sonda… Não foi feito”, completou o petista.

Diante desse contexto, Lula se reuniu com o chefe da Petrobras, Jean Paul Prates, e com os ministros Fernando Haddad, Alexandre Silveira e Rui Costa. Ao término do encontro, o ministro da Fazenda anunciou que a distribuição dos lucros extraordinários será feita à medida que ficar claro para o Conselho de Administração que isso não comprometerá a companhia no plano de investimentos.

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Entendendo a crise na Petrobras

Os dividendos extraordinários estão avaliados em R$ 43,9 bilhões. A retenção dessa quantia foi aprovada pelo Conselho de Administração da companhia e anunciada na última quinta-feira (7/3). Integrantes do órgão ligados ao mercado votaram a favor do repasse, enquanto conselheiros indicados pelo governo e a representante dos trabalhadores se posicionaram contra.

O presidente da estatal informou que a decisão divergiu da proposta da diretoria, que sugeriu destinar 50% dos dividendos extraordinários para reserva e 50% para pagamento imediato. No entanto, diante da resistência dos representantes do governo, Prates se absteve de votar na reunião.

Embora a decisão já tenha gerado reações no mercado, a medida ainda precisa ser aprovada pela Assembleia Geral Ordinária, marcada para 25 de abril.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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