Abril Vermelho: MST promete realizar 50 ocupações até fim do mês
Objetivo de acelerar a reforma agrária
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) anunciou planos de intensificar suas ações até o final de abril, com o objetivo de realizar mais de 50 ocupações de terra. Esta iniciativa faz parte do Abril Vermelho, mês dedicado à memória dos 21 trabalhadores rurais assassinados em 1996, em Eldorado do Carajás, e visa pressionar o governo de Luiz Inácio Lula da Silva para acelerar a implementação da reforma agrária no Brasil.
Ações e mobilizações do MST
Até o momento, o MST já realizou 26 ocupações e estabeleceu cinco novos acampamentos, com atividades espalhadas por 18 estados e o Distrito Federal. Entre as ações destacam-se a montagem de acampamentos em defesa da reforma agrária e ocupações em instituições como o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), além de manifestações e assembleias populares em diversos estados.
Reivindicações e expectativas do MST
Em comunicado, o MST expressou que essas mobilizações são cruciais para cobrar a realização efetiva da reforma agrária e para mostrar a insatisfação com o ritmo de criação de assentamentos no atual governo. Em 2023, o governo federal assentou 50,6 mil famílias, um número considerado insuficiente pelo movimento, que aponta a existência de mais de 70 mil famílias ainda em condição de acampamento.
Resposta do governo ao Abril Vermelho
Respondendo às ações do MST, o presidente Lula anunciou o lançamento do programa Terra da Gente, destinado a ampliar e acelerar a reforma agrária no país. Este programa é visto como uma resposta direta às demandas levantadas pelo MST durante o Abril Vermelho e outras mobilizações.