Primeira visita de Macron ao Brasil foca em meio ambiente e relações bilaterais
Agenda ambiental e cultural em Belém
Em sua estreia no Brasil, o presidente Emmanuel Macron inicia sua visita por Belém, recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A agenda em território brasileiro abrange temas cruciais como meio ambiente, defesa e reforma de organismos multilaterais. A escolha de Belém para começar a visita sublinha a importância da Amazônia nas discussões entre Brasil e França.
Diálogo com indígenas e sustentabilidade
Em Belém, Lula e Macron embarcam para a Ilha do Combu, onde exploram a produção sustentável do cacau. O encontro visa apresentar a Macron a diversidade e os desafios da Amazônia, destacando a região como um lar para milhões de pessoas que dependem de sua biodiversidade. Um momento chave será o encontro reservado com representantes indígenas, incluindo a condecoração do líder Kayapó, Raoni Metuktire, pelo presidente francês.
Cooperação em defesa e tecnologia
Após Belém, a comitiva segue para o Rio de Janeiro para inaugurar um submarino fruto da cooperação entre Brasil e França, destacando a parceria em defesa e tecnologia nuclear civil. Este programa simboliza a sólida relação técnico-militar entre os dois países, antecipando futuras colaborações em energia nuclear e produção de helicópteros militares.
Engajamento empresarial e cultural
Em São Paulo, Macron participa do Fórum Econômico Brasil-França, reforçando laços econômicos e discutindo oportunidades de investimento. O encontro promete ser um palco para aprofundar as relações comerciais, num momento em que ambos os países buscam fortalecer suas economias pós-pandemia. A visita se encerra com um jantar que reunirá Macron e personalidades da cultura brasileira, simbolizando a riqueza e diversidade das relações culturais franco-brasileiras.
Diálogo político em Brasília
A visita de estado se conclui em Brasília, onde temas bilaterais e globais serão discutidos, incluindo a participação do Brasil no Conselho de Segurança da ONU e questões geopolíticas urgentes como os conflitos na Ucrânia e em Gaza. Espera-se que cerca de 30 atos sejam assinados, refletindo a ambição e o alcance da parceria entre Brasil e França.
Embora o acordo Mercosul-UE não seja o foco desta visita, a presença de Macron no Brasil é um sinal de que ambos os países estão dispostos a superar divergências e explorar novas avenidas de cooperação bilateral e multilateral.