Amorim refuta possibilidade de desculpas a Israel
Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais e ex-chanceler, expressou uma visão cautelosa sobre o diálogo com o governo israelense diante da continuidade dos conflitos na Faixa de Gaza. Aos 81 anos, Amorim, uma figura central na diplomacia brasileira, destaca a dificuldade de negociações enquanto os ataques persistirem.
Genocídio e alianças políticas
Referindo-se à ofensiva israelense em Gaza como genocídio, Amorim levantou preocupações sobre a “estranha aliança” entre Israel e a extrema direita no Brasil. Essa conexão, segundo ele, complica ainda mais o cenário geopolítico e as relações exteriores do Brasil.
A expectativa de desculpas de Lula
Em relação às exigências de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva peça desculpas por comparar as ações em Gaza com os métodos de Hitler, Amorim foi direto: “Vai ficar pedindo”. Ele questiona a insistência do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu nessa demanda, sugerindo que, independentemente das razões por trás dessa expectativa, ela não será atendida. Amorim enfatiza que, em sua visão, não há justificativa para um pedido de desculpas por parte do presidente Lula.