Agenda de Bolsonaro com lideranças religiosas e discurso ideológico pré-reunião golpista
Na preparação para uma reunião que culminaria em acusações de planejamento de golpe, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) buscou fortalecer laços com o eleitorado evangélico, destinando grande parte de sua agenda oficial a encontros religiosos. Esta estratégia incluiu viagens por diversos estados e a participação em eventos de grande apelo religioso, como a Marcha para Jesus, evidenciando o uso de discursos ideológicos para unificar sua base de apoio.
Encontros Religiosos e Estratégia Ideológica
Em julho de 2022, Bolsonaro marcou presença em dez eventos com apelo religioso, espalhados por cinco estados brasileiros. O ex-presidente utilizou essas ocasiões para disseminar mensagens que associam a esquerda a valores contrários ao cristianismo, atacando diretamente seu adversário político, Luiz Inácio Lula da Silva, e contestando a integridade do processo eleitoral.
Reunião Ministerial e Mensagens contra Lula
- O ponto alto da agenda ideológica ocorreu em uma reunião ministerial em 5 de julho, onde Bolsonaro compartilhou ataques a Lula, enfatizando uma incompatibilidade entre o cristianismo e a esquerda.
- Um vídeo exibido durante a reunião destacou críticas ao PT relacionadas a temas como aborto e drogas, visando solidificar a narrativa do “bem contra o mal”.
Postura Pública e Pautas de Costume
Publicamente, Bolsonaro reforçou seu alinhamento com pautas conservadoras, proclamando uma guerra ideológica durante eventos religiosos e criticando os governos de esquerda na América Latina. Além disso, ele abordou divergências na gestão da pandemia de covid-19, tentando se posicionar como defensor da liberdade religiosa e da família brasileira.