Lula minimiza candidatura de Flávio Bolsonaro e projeta vitória em 2026
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizou a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República e afirmou que a oposição já tem consciência de que será derrotada nas eleições de 2026. Para o chefe do Executivo, o excesso de nomes apresentados pelo campo adversário demonstra falta de liderança consolidada.
Em entrevista concedida à TV Alterosa, em Minas Gerais, nesta quinta-feira (11), Lula ironizou a movimentação da oposição e projetou novo triunfo eleitoral.
“Quem inventa muito nome é porque não tem nenhum”
Durante a conversa, o presidente afirmou que não cabe ao governo escolher adversários e disse que a oposição vive um momento de indefinição.
“A gente não escolhe candidato adversário. Vejo toda hora Tarcísio, Caiado, Zema, Ratinho, Michelle, Eduardo… inventando um monte de nome. Quem inventa muito nome é porque não tem nenhum. Eles estão em dúvida porque sabem que perderão as eleições em 2026”, declarou Lula.
A fala ocorre em meio à repercussão da indicação de Flávio Bolsonaro pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) como possível representante do bolsonarismo na disputa presidencial.
Entorno de Lula vê candidatura como pouco viável
Aliados do presidente avaliam como remota a possibilidade de Flávio Bolsonaro conseguir consolidar sua candidatura nacionalmente. Um dos fatores apontados é a preferência do Centrão por nomes considerados mais competitivos eleitoralmente, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP).
Apesar de Flávio ser visto como o integrante mais moderado da família Bolsonaro, o desgaste do sobrenome e a indicação direta do pai — que cumpre pena por condenação relacionada à tentativa de golpe de Estado — são considerados obstáculos relevantes.
PT aposta em colheita política e inclusão social
Lula também destacou os dois primeiros anos de governo como um período de reconstrução e afirmou que 2025 e 2026 marcarão a consolidação dos resultados.
“Nós passamos dois anos para reconstruir esse país e esse ano é ano da colheita. Estamos colhendo a melhor política de inclusão social que esse país já teve. E o ano que vem será o ano da verdade, quando o país vai se dar conta do que está acontecendo”, afirmou o presidente.
Estratégia do PT mira o Centrão nos estados
Nos bastidores, o Partido dos Trabalhadores já trabalha com uma estratégia de fragmentação do Centrão, buscando atrair parcelas de partidos como MDB, PSD, Republicanos e PP nos estados, mesmo que não haja apoio formal das siglas nacionalmente.
A avaliação interna é de que a ausência de um nome forte e consensual na oposição, somada à força eleitoral de Lula em regiões-chave do país, pode favorecer a reeleição do projeto petista em 2026.
