União Brasil dá 24h para saída de cargos no governo Lula
O União Brasil aprovou, nesta quinta-feira (18), em reunião de sua Executiva Nacional, um prazo de 24 horas para que seus filiados deixem todos os cargos ocupados no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A decisão foi unânime e antecipa o desembarque da base governista, que inicialmente estava previsto para o fim do mês.
Motivo da decisão
A medida ocorre após a divulgação de uma reportagem do UOL e do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), que trouxe acusações contra o presidente nacional do partido, Antônio Rueda. Segundo a publicação, ele seria dono oculto de aviões utilizados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital).
Rueda negou veementemente as acusações, classificando-as como “ataques difamatórios” com motivação política e prometeu adotar medidas judiciais cabíveis.
Quem será impactado
Entre os afetados pela decisão está o ministro do Turismo, Celso Sabino, além de outros filiados que ocupam cargos em Brasília. Caso não apresentem seus pedidos de demissão dentro do prazo, correm risco de expulsão da legenda.
A determinação acontece logo após o União Brasil formalizar uma federação com o PP, chamada União Progressista, que já havia sinalizado a entrega dos cargos federais.
Contexto político
A legenda se prepara para disputar as eleições de 2026 e tem se aproximado da oposição. Parte do partido já declarou apoio a uma possível candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), enquanto o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), lançou sua pré-candidatura ao Planalto em Salvador.
Operação Carbono Oculto
As denúncias contra Rueda surgiram no contexto da operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e financiamento do PCC.
Rueda reagiu em suas redes sociais, afirmando:
“Não aceitarei ataques difamatórios que visam também atacar o União Brasil, e que têm como inegável pano de fundo disputas e revanchismos políticos.”
