Chapada Diamantina: novo horizonte do enoturismo no Brasil
Uma região de sabores e paisagens
A Chapada Diamantina, conhecida por sua natureza exuberante e diversidade de produtos como queijos, óleos essenciais, embutidos e frutas, fortalece sua posição como destino enoturístico de excelência. O cenário promissor tem atraído investimentos significativos, especialmente nos setores hoteleiro e gastronômico, marcando a região como um ponto de interesse crescente para o turismo de vinho.
O vinho ganha espaço na Chapada
Jairo Vaz, da Vinícola Vaz, destaca o impacto positivo da vitivinicultura na região. Com a Vinícola Vaz liderando o caminho, a Chapada Diamantina vê um aumento no turismo e desenvolvimento econômico, impulsionados pela crescente produção de vinho.
“Além da geração de empregos locais, a atividade vitivinícola tem colocado municípios da Chapada no mapa mundial do vinho”, aponta Vaz.
Festa da Vindima: tradição e celebração
A Festa da Vindima, realizada durante as colheitas de verão e inverno, tornou-se um evento chave no calendário regional, atraindo cerca de 1.200 visitantes por mês à vinícola. Essa celebração não apenas enriquece a cultura local mas também oferece uma experiência única aos amantes do vinho.
Condições ideais para a vitivinicultura
A Chapada Diamantina se beneficia de condições climáticas únicas que favorecem a produção de vinhos de qualidade. “Morro do Chapéu, uma das cidades mais frias do Nordeste, oferece um clima perfeito para a viticultura”, explica Vaz, enfatizando a união das técnicas de produção do sul do Brasil com as do Vale do São Francisco.
UVVA: uma experiência enoturística única
Fabiano Borré, CEO da Vinícola UVVA em Mucugê, ressalta a singularidade dos vinhos produzidos e a beleza natural que envolve a vinícola.
“Nossas instalações oferecem tours educativos apresentados por enólogos, permitindo que os visitantes se aprofundem no processo produtivo enquanto desfrutam de vistas deslumbrantes”, destaca Borré.
Do Vale do São Francisco à Chapada
A trajetória do vinho na Bahia começou no Vale do São Francisco, com o pioneirismo de Mamoru Yamamoto e a Fazenda Ouro Verde II. Hoje, a região é conhecida por sua produção significativa de espumantes e frisantes.
“A Chapada Diamantina surgiu como uma opção para produção de vinhos finos de alta qualidade e vem crescendo ano a ano, principalmente nos municípios de Morro do Chapéu e Mucugê e, dentro de pouco tempo alcançará a marca de meio milhão de garrafas produzidas, conquistando o mercado brasileiro e internacional. Prova disso é que já se encontra os nossos vinhos nas principais adegas do Sul do país, principalmente Rio de Janeiro, São Paulo e até no Rio Grande do Sul”, pontua o proprietário da Vinícola Vaz, frisando que a Bahia “tem avançado bastante na produção de vinhos e espumantes, seja pela aplicação de técnicas vitivinícolas mais modernas, como também pelo incremento da área plantada”, comenta Vaz.