Plataforma X e o desafio à transparência após aquisição por Musk
A renomada plataforma de mídia social, anteriormente conhecida como Twitter, agora enfrenta críticas por um aparente retrocesso em sua política de transparência. Desde que Elon Musk assumiu o comando em 2022, a divulgação de dados sobre a suspensão de contas, um pilar de sua política de transparência, tem sido notavelmente ausente.
Críticas e controvérsias
Elon Musk, o novo proprietário da plataforma, tem estado no centro das atenções devido a suas críticas ao ministro Alexandre de Moraes, acusando-o de censura. Essa tensão sublinha uma crescente preocupação com o silêncio da plataforma sobre suspensões de contas, uma mudança drástica em relação à sua abordagem anterior.
Um apagão de informações
Pablo Ortellado, professor da USP, destaca a falta de clareza sobre o número exato de contas afetadas, levantando preocupações sobre a dimensão real do impacto dessas suspensões na liberdade de expressão digital.
Antecedentes e impactos da mudança
Até 2022, a plataforma se destacava por sua política de transparência, divulgando semestralmente relatórios detalhados sobre ações legais que afetavam contas de usuários. Este compromisso com a transparência era visto como um passo crucial para responsabilizar governos e esclarecer as práticas da plataforma.
Reações à nova política
A aquisição por Musk trouxe mudanças significativas, incluindo demissões em massa e a interrupção da publicação de relatórios de transparência, levantando questões sobre a continuidade deste compromisso.
João Victor Archegas, do ITS Rio, aponta um declínio na transparência, afetando negativamente a pesquisa e o entendimento público sobre a gestão de conteúdo na plataforma.
Exceções e regulações
A União Europeia se destaca como uma exceção notável, graças ao Digital Services Act, que obriga a divulgação de dados de moderação de conteúdo, oferecendo um vislumbre da prática de governança de conteúdo dentro do bloco.
O Futuro da Transparência na Plataforma X
Iná Jost, do InternetLab, enfatiza a necessidade de uma regulamentação equilibrada que garanta tanto a responsabilidade das plataformas quanto a proteção da liberdade de expressão, uma questão vital para o futuro da democracia digital.