Febre Oropouche: Bahia intensifica controle após 80 casos confirmados
Ações de Controle da Sesab
A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmou 80 casos de febre Oropouche e está intensificando as investigações nas regiões afetadas. Técnicos da Vigilância Epidemiológica do Estado estão em campo para capturar os vetores da doença, os mosquitos Culicoides paraensis, conhecidos como maruim ou mosquito-pólvora, para analisar se estão infectados.
Processo de Transmissão
O infectologista Maurício Campos, coordenador do curso de medicina do Instituto de Educação Médica (Idomed) de Alagoinhas, explicou que a transmissão ocorre quando um mosquito pica uma pessoa infectada e, depois, uma pessoa saudável. “O vírus permanece ativo nas glândulas salivares do mosquito por até sete dias, possibilitando a transmissão,” detalhou Campos.
Sintomas e Diferenças com Outras Arboviroses
A febre de Oropouche apresenta sintomas similares aos de outras arboviroses como dengue, incluindo febre alta, dor de cabeça e muscular, além de tontura e calafrios. Campos destacou que, apesar das semelhanças, a dengue tende a ser mais grave, mas atenção especial deve ser dada a idosos e pessoas com comorbidades que podem apresentar formas mais severas da febre Oropouche.
Medidas de Prevenção
Como não há tratamento específico para a Febre do Oropouche, a prevenção é essencial. “A principal forma de prevenção é evitar a picada do mosquito, usando repelente, especialmente nas pernas,” aconselhou Campos. Ele também recomendou que qualquer pessoa com sintomas procure atendimento médico imediatamente.
Casos Confirmados e Distribuição Geográfica
Dentre os 80 casos, dois foram registrados em Salvador, com ocorrências importadas de Teolândia e Presidente Tancredo Neves. Outros municípios afetados incluem Amargosa, Camamu, Gandu, entre outros, com Teolândia reportando o maior número de casos, totalizando 24.