Melhoria significativa na cobertura vacinal contra poliomielite no Brasil em 2023
Redução nas taxas de não vacinação
Em 2023, o Brasil viu uma redução notável na porcentagem de crianças menores de um ano que não receberam a primeira dose da vacina contra poliomielite. Segundo dados do Ministério da Saúde, compilados pelo UNICEF, a taxa de não vacinação caiu de 9,5% em 2022 para 6,3% em 2023, diminuindo o número de bebês não vacinados de 243 mil para 152,5 mil.
Contexto histórico e importância da vacinação
A poliomielite, conhecida também como paralisia infantil, foi erradicada no Brasil na década de 1990. Desde então, a vacinação permanece como a única forma de prevenção contra o retorno da doença. No entanto, a cobertura vacinal tem estado abaixo da meta de 95% recomendada desde 2016, com a primeira dose alcançando apenas 84% em 2022, um aumento de 7 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Esforços para fortalecer a cobertura vacinal
O Ministério da Saúde, em colaboração com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), tem implementado estratégias focadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para melhorar a adesão às vacinas. Entre as iniciativas, está o Movimento Nacional pela Vacinação na Comunidade Escolar, que visa facilitar o acesso às vacinas nas unidades escolares.
Desafios e estratégias futuras
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou que o sucesso das vacinas no passado contribuiu para a complacência do público em relação à vacinação. Com o aumento do orçamento para a compra de imunizantes, de R$ 6,5 bilhões em 2023 para R$ 10,4 bilhões em 2024, o ministério espera alcançar e até superar a meta de cobertura vacinal. Além disso, há um chamado para o apoio do Congresso Nacional para fortalecer ainda mais as estratégias de imunização.