Tarcísio descarta Planalto, confirma reeleição e diz que redução de penas não basta
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta segunda-feira (29) que será candidato à reeleição em 2026, descartando por ora uma disputa presidencial. A declaração foi dada após visita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar em Brasília, ao lado do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e do vereador Jair Renan (PL-SC).
“Sou candidato à reeleição, como eu tenho dito. Isso já está claro. Vim fazer uma visita de cortesia, visitar um amigo”, disse Tarcísio.
Flávio Bolsonaro reforçou que qualquer definição sobre o candidato presidencial da direita depende do desfecho do projeto de anistia aos condenados por golpismo. Ele também defendeu a liberdade do pai: “Vai batalhar até o final para que Bolsonaro esteja na rua em 2026”.
Reeleição e anistia no centro das discussões
Tarcísio e Flávio concordaram que o projeto de redução de penas, relatado pelo deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), não é suficiente. Para eles, a prioridade deve ser uma anistia ampla aos condenados, incluindo Bolsonaro e os presos de 8 de janeiro.
“Não vai ter decisão nenhuma enquanto a gente não souber com clareza o que vai acontecer com esse projeto da anistia. Somente após esse processo legislativo e até o seu desenrolar final”, disse Flávio.
O governador paulista também relatou que Bolsonaro enfrenta problemas de saúde, como soluços frequentes, consequência das cirurgias decorrentes da facada de 2018.
Cenário de incertezas na direita
Se há um mês Tarcísio aparecia fortalecido como presidenciável, o quadro mudou. O ex-presidente insiste em ser candidato, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) também sinaliza que pode concorrer, e o campo da direita ainda não chegou a um consenso.
Enquanto isso, o governador de São Paulo enfrenta cobranças de aliados por oscilar entre moderação e bolsonarismo, além de críticas após discurso radical contra o STF no 7 de Setembro.
Analistas políticos avaliam que Tarcísio busca ganhar tempo: sua candidatura ao Planalto só seria possível caso deixasse o governo até março de 2026.
