Senador Wagner manifesta oposição a Projeto de Lei do Aborto
Na manhã desta sexta-feira, o Senador Jaques Wagner, líder do governo no Senado, expressou forte oposição ao projeto de lei que busca restringir o aborto legal em casos de estupro. Durante um evento no Senado, Wagner destacou que a proposta parece mais uma tentativa de “criar escândalo” do que uma medida legítima para melhorar a legislação brasileira.
Detalhes do projeto e implicações
O projeto, que foi acelerado pelo regime de urgência, propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples. A atual legislação brasileira não define um prazo específico para a realização do aborto em casos de estupro. Wagner criticou duramente a tentativa de impor penas mais severas às vítimas de estupro do que aos próprios estupradores, destacando o absurdo da situação.
Condenação do Senador às mudanças propostas
O senador condenou a medida, questionando a racionalidade por trás de tal legislação. “Dizer que uma jovem, que foi estuprada, é obrigada a continuar com a gestação, na cabeça de quem que entra isso?”, questionou Wagner durante a coletiva de imprensa. Ele também desafiou os autores do projeto a considerar as implicações humanas de suas propostas.
“Sinceramente na cabeça de quem que entrar isso? Na cabeça de quem quer criar escândalo mentiroso virtual para fazer fatura política. Eu espero que o povo desperte para isso e me refiro até ao povo especificamente evangélico. O cristo nunca pregou esse ódio entre pessoas, essa violência entre pessoas, isso aí tudo é mentira de quem quer fazer fatura política em cima da boa fé e da ingenuidade da nossa gente, para mim isso é realmente um absurdo”, concluiu.”
Apelo por sensibilidade e razão
Wagner fez um apelo ao público e, especificamente, à comunidade evangélica, para reconhecer a manipulação política por trás do projeto. Ele destacou que a proposta desvia do que seria uma discussão honesta e empática sobre o tema, utilizando-se de estratégias que inflamam tensões desnecessárias.