Indiciamento de Juscelino Filho por organização criminosa e corrupção
Nesta quarta-feira, 12, a Polícia Federal oficializou o indiciamento do Ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil-MA), por alegações de integrar uma organização criminosa e corrupção passiva. O ministro é investigado por desvios de verbas destinadas a obras de pavimentação conduzidas pela Codevasf, uma estatal federal.
Detalhes do caso e ações da PF
As acusações surgem em um contexto de supostas irregularidades em obras na cidade de Vitorino Freire (MA), gerida pela irmã do ministro, Luanna Rezende. Estas obras foram supostamente financiadas por emendas parlamentares durante o período de Juscelino Filho como deputado federal, sob a administração do governo Lula.
A investigação baseou-se em um relatório minucioso da Controladoria-Geral da União (CGU), que aponta benefícios diretos às propriedades da família de Juscelino Filho. Este relatório foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob supervisão do ministro Flávio Dino.
Background e implicações políticas
Um artigo anterior do “Estadão” expôs que Juscelino Filho havia destinado R$ 5 milhões de fundos públicos para asfaltar uma estrada que passa por sua propriedade rural em Vitorino Freire. Este financiamento foi direcionado para a prefeitura local, comandada por sua irmã.
Em adição, investigações revelam que, através da Codevasf, contratos no valor total de mais de R$ 36 milhões beneficiaram quatro empresas ligadas a amigos, ex-assessores e até uma cunhada do ministro.
Repercussões e respostas jurídicas
A situação culminou com a solicitação da PF para buscas na residência de Juscelino Filho, pedido que foi negado pelo presidente do STF, ministro Luis Roberto Barroso. O caso agora se encontra sob análise judicial, esperando-se um desdobramento que respeite os trâmites legais e as garantias constitucionais.