Inquérito da PF foca em Bolsonaro sob suspeita de golpe
Os eventos de 6 de janeiro de 2021, com os ataques de apoiadores de Donald Trump ao Capitólio nos Estados Unidos, influenciaram diretamente o inquérito das milícias digitais no Brasil, voltado a prevenir atos golpistas liderados por Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente agora é investigado como figura central de uma organização criminosa que objetivava um golpe de Estado para sua permanência no poder.
Desenvolvimento da investigação
Inicialmente conhecida como o inquérito dos atos antidemocráticos, a investigação encontrou obstáculos inicialmente, atribuídos à postura de Augusto Aras, procurador-geral da República indicado por Bolsonaro. Com o passar dos anos, sob a autoridade do ministro Alexandre de Moraes, do STF, as investigações ganharam corpo, culminando na apreensão do passaporte de Bolsonaro e em buscas contra importantes figuras das Forças Armadas.
Contrastes e avanços nas apurações
A investigação destacou-se por evidenciar não apenas o papel de Bolsonaro e seus aliados mas também por expor desalinhamentos entre Aras e Moraes. Sob a gestão de Paulo Gonet, nomeado por Lula, houve uma maior sinergia, com a PGR apoiando as solicitações da PF que levaram à operação Tempus Veritati.
Origens e evolução do inquérito
A partir de 2020, o inquérito dos atos antidemocráticos, solicitado por Aras, começou a investigar a escalada golpista em torno de Bolsonaro, desde a campanha de desinformação durante a pandemia até os ataques ao sistema eleitoral em 2021. Com a saída da delegada Denisse Ribeiro, o delegado Fabio Shor deu continuidade às investigações, focando no envolvimento de Bolsonaro e seu círculo próximo.