PCdoB opta por abstenção na votação do TCM na ALBA
A direção estadual e a bancada do PCdoB na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) publicaram, na manhã desta quarta-feira (28), uma nota em que critica o fato de o deputado estadual Fabrício Falcão (PCdoB) ter sido excluído da disputa pela vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM). O parlamentar não reuniu as assinaturas necessárias. Com isso, os comunistas não devem apoiar nenhum dos dois candidatos postos: o deputado estadual Paulo Rangel (PT), tido como o favorito, e o ex-deputado Marcelo Nilo (Republicanos).
Compromisso desonrado
“A apresentação também foi decorrente de um compromisso do governo em torno da indicação de um quadro do PCdoB, depois de na eleição anterior, na qual o deputado Fabricio também era candidato, a candidatura foi retirada para atender um apelo para o apoio a Aline Peixoto”, diz a legenda, acusando o governo de ter desonrado o acordo.
Violação do direito democrático
“Não somente foi ignorado o acerto em torno da indicação desta vaga, como foi montada uma operação – um verdadeiro rolo compressor – de inviabilização até mesmo da inscrição para a disputa na Assembleia, não permitindo nem o direito democrático do deputado candidatar-se – uma ação absolutamente injustificável, quando se trata de impedir a qualquer custo o protagonismo de um aliado histórico do PT desde 2006, ano em que derrotamos o carlismo na Bahia. E para completar, a imprensa já anuncia que a vaga seguinte irá para um outro partido, um acordo feito pelo PT e pelo governo, ou seja, excluindo, isolando o PCdoB, uma política deliberada de contenção de um partido de esquerda, de restringir o crescimento de um parceiro”, pontua.
Declaração de abstenção
O PCdoB conclui que se absterá da votação, o que significa que, diferentemente das demais bancadas governistas, não irá apoiar Rangel. “Diante de tais acontecimentos e resguardando nossa autonomia política, definimos por não comparecer para votar no dia da eleição do conselheiro na Assembleia Legislativa, deixando claro publicamente que não aceitamos a postura desrespeitosa a que fomos submetidos. E mais adiante, vamos examinar melhor o caso na direção do partido para tirar as devidas consequências”, diz.