Pablo Marçal diz que Bolsonaro não manda na direita e critica influência de Valdemar Costa Neto
O influenciador Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, fez declarações contundentes nesta segunda-feira (26) durante entrevista ao canal CNN Brasil, onde afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não controla o movimento conservador no Brasil. Marçal, que vem ganhando força entre o eleitorado bolsonarista nas últimas semanas, criticou a aliança de Bolsonaro com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), acusando o ex-presidente de “curvar a cervical” por Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.
Desafios à liderança de Bolsonaro
Marçal afirmou que o termo “bolsonarismo” foi criado pela esquerda para associar o crescimento do conservadorismo exclusivamente a Bolsonaro. Segundo ele, a liberdade e os princípios defendidos pelo movimento conservador não têm dono, e isso inclui o próprio Bolsonaro. “Nós que somos defensores da liberdade, eu tenho um recado para todo mundo, qualquer brasileiro que estiver em qualquer lugar do mundo, a liberdade não tem dono. Não é o Pablo Marçal que manda nisso, não é Bolsonaro que manda nisso”, declarou o influenciador.
Bate-boca com jornalista e defesa de propostas
Durante a entrevista, Marçal se envolveu em um bate-boca com a jornalista Clarissa Oliveira ao ser questionado sobre sua condenação a quatro anos e cinco meses de prisão por participação em um esquema de desvio de dinheiro de contas bancárias nos anos 2000. O candidato desviou o foco da pergunta, alegando que foi vítima de uma injustiça e que na época não tinha condições financeiras para contratar um advogado.
Marçal também defendeu a viabilidade de sua proposta de implementar teleféricos em São Paulo, afirmando que a ideia é ecologicamente correta, mais barata que o metrô e uma forma de honrar as comunidades.
Redes sociais suspensas por decisão judicial
Desde o último fim de semana, as contas de Pablo Marçal nas redes sociais estão suspensas por decisão do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). O candidato é acusado pelo PSB, partido da candidata Tabata Amaral, de cometer abuso de poder econômico ao financiar a produção de vídeos curtos para impulsionar sua candidatura. Marçal nega as acusações e afirmou que não colocou dinheiro próprio na campanha, mas que os criadores de conteúdo são pagos pelas plataformas.
A decisão judicial foi contestada pela defesa de Marçal, que entrou com um recurso para reverter a liminar. “As pessoas vivem disso [de cortes]. A plataforma TikTok paga por visualização, o YouTube paga por visualização. Esse povo é que devia me pagar por usar minha imagem, você não está entendendo. Não fui eu que coloquei dinheiro nisso”, declarou Marçal durante a entrevista.