Ajuste na convenção e manobra no MP para candidatura em Juazeiro
Acordo com o Ministério Público
O pré-candidato em Juazeiro, Isaac Carvalho (PT), está envolvido em uma negociação com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) para a realização de uma “não-persecução cível”. Segundo informações de bastidores obtidas pelo Bahia Notícias, Isaac contou com o auxílio de políticos influentes para conseguir disputar o pleito.
Intervenção política
Detalhes do entendimento do Ministério Público indicam que um caso semelhante, envolvendo o político Luciano da Locar em Jacobina, foi usado como analogia. A negociação também contou com a intervenção do senador Jaques Wagner (PT), que busca apoio para Lucas Reis, seu chefe de gabinete, na eleição de 2026. O compromisso seria que Isaac apoiaria Lucas em Juazeiro no próximo pleito.
Apoio do PT e ajuste na convenção
O PT tem auxiliado Isaac Carvalho, postergando a convenção partidária para a data limite de 5 de agosto, último dia para a realização do evento, para confirmar sua candidatura. Apesar das dificuldades jurídicas, Isaac mantém o apoio interno na legenda.
Desafios jurídicos
Especialistas apontam que a celebração do acordo de não-persecução cível é possível, mas o rito legal exigiria pelo menos 60 dias para ser cumprido, o que dificulta sua aplicação imediata ao caso de Isaac.
Contexto político
Isaac Carvalho era o favorito para disputar como candidato único pela Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB, PV). No entanto, existem outros pré-candidatos dentro da Federação, como os deputados estaduais Zó do Sertão (PCdoB) e Roberto Carlos (PV), e fora dela, como Andrei da Caixa (MDB) e Joseph Bandeira (PSB).
Clima de insatisfação
Internamente, há um clima de insatisfação quanto à insistência do PT na candidatura de Isaac, cuja inelegibilidade foi confirmada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aliados criticam o partido por não considerar outras opções dentro da Federação e apostarem todas as fichas numa candidatura juridicamente complicada.
Possíveis soluções
Interlocutores apontam que o dilema poderia ter sido evitado se a solução tivesse sido buscada há meses, quando as dificuldades jurídicas de Isaac já eram conhecidas. “O PT apostou, até o último momento, numa perspectiva que nós alertamos o tempo inteiro que não prevaleceria, como não prevaleceu”, afirmou um aliado.
A situação de Isaac Carvalho continua a gerar debates e incertezas, com negociações e estratégias sendo ajustadas para tentar viabilizar sua candidatura em Juazeiro.
