Flávio Bolsonaro Retorna da Europa Precipitadamente por Temor de Prisão do Pai
Flávio Bolsonaro volta às pressas da Europa com expectativa de prisão preventiva de Jair Bolsonaro decretada pelo STF, segundo ele por iniciativa pessoal de Moraes.
Senador interrompe férias temendo prisão de Jair Bolsonaro pelo STF
O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) antecipou sua volta ao Brasil nesta quarta-feira (23), após receber informações sobre a iminente possibilidade de prisão preventiva de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Flávio estava de férias na Europa e tinha permanência prevista até 1º de agosto.
Prazo para decisão termina nesta quarta após defesa da PGR
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo à defesa de Jair Bolsonaro para se manifestar sobre o possível descumprimento de medidas cautelares impostas, sem concessões. O prazo encerrou-se nesta quarta-feira, possibilitando que o ministro decida pela prisão preventiva do ex-presidente a qualquer momento.
Flávio acusa Moraes de perseguição política em entrevista à CNN
Já no voo de retorno, Flávio Bolsonaro afirmou que a ação teria “missão pessoal” de retirar o pai da vida pública.
“Inconstitucional, ilegal e imoral. Alexandre de Moraes precisa urgentemente de ajuda médica… destruiu a democracia para cumprir sua missão pessoal de tentar tirá-lo da vida pública, usando covardemente sua caneta”, declarou à CNN Brasil.
Medidas cautelares incluem tornozeleira e restrições de mobilidade e comunicação
Jair Bolsonaro está submetido às seguintes restrições determinadas por Moraes:
– Uso de tornozeleira eletrônica;
– Recolhimento domiciliar noturno (19h–6h em dias úteis; integral nos fins de semana);
– Proibição de acesso a embaixadas, consulados e contato com autoridades estrangeiras;
– Proibição de uso de redes sociais, direta ou por terceiros;
– Proibição de contato com Eduardo Bolsonaro e investigados dos núcleos envolvidos na trama golpista.
Processo de golpe de Estado se aproxima da reta final
Em 14 de julho, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou suas alegações finais na ação penal destinada ao “núcleo 1” da tentativa golpista, incluindo Bolsonaro. O pedido de condenação, conduzido pelo procurador-geral Paulo Gonet, aponta até 43 anos de pena, caso sejam aplicadas as máximas previstas pelo STF.
Após a manifestação da PGR, Gian trincheira do processo, foi aberto prazo de 15 dias para que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de ordem presidencial, apresente suas alegações. Ele delatou o grupo e, depois dele, os demais réus — incluindo Bolsonaro — terão mais 15 dias para apresentação de suas alegações finais.
Próximos passos: julgamento no STF após conclusão dos prazos
Com todas as defesas apresentadas, o ministro Alexandre de Moraes poderá enviar o processo para julgamento. A possibilidade de prisão preventiva e o encerramento da fase de alegações finais marcam um momento decisivo no caso que investiga o ex-presidente por tentativa de golpe de Estado.
