Flávio Bolsonaro comenta operação sobre plano contra Lula: “Pensar em matar não é crime”
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comentou nesta terça-feira, 19, sobre a operação da Polícia Federal que investiga uma organização criminosa acusada de planejar os assassinatos do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Declaração nas redes sociais
Flávio utilizou o X, antigo Twitter, para criticar as ações da PF e as acusações. Ele afirmou que, apesar de repugnante, pensar em matar alguém não constitui crime.
“Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. Para que haja tentativa de homicídio, é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes, o que não parece ter ocorrido”, escreveu.
O senador ressaltou ainda que é autor de um projeto de lei que busca criminalizar atos preparatórios de crimes que possam causar lesão ou morte de três ou mais pessoas.
Operação Contragolpe
A operação Contragolpe, deflagrada pela Polícia Federal, prendeu integrantes de um grupo acusado de planejar as mortes de Lula, Alckmin e Moraes. A investigação teve como base dados recuperados de dispositivos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Apesar das informações levantadas, a PF afirmou que não há ligação direta de Bolsonaro com o plano.
Reação à operação
Flávio Bolsonaro também questionou a narrativa apresentada pela mídia e criticou a lógica do plano:
“Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano para matar autoridades e, na sequência, eles criaram um ‘gabinete de crise’ integrado por eles mesmos para dar ordens ao Brasil e todos cumpririam? Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso?”, disse nas redes sociais.
Próximos desdobramentos
A operação Contragolpe continua investigando os possíveis envolvidos e suas intenções. Enquanto isso, o debate sobre a legislação relacionada a atos preparatórios de crimes deve ganhar força no Congresso Nacional.