Deputado Isidório rejeita linguagem neutra e provoca polêmica
Em recente entrevista ao podcast Bahia Cast, o deputado federal Pastor Sargento Isidório (Avante) gerou controvérsia com seus comentários sobre a linguagem neutra, alegando que nunca adotaria o termo “menine”, uma forma de se referir às pessoas sem especificar gênero. Seus comentários provocaram reações diversas nas redes sociais e entre a comunidade LGBTQIAPN+.
Comentários controversos do deputado
Durante o podcast, Isidório expressou sua oposição à linguagem neutra, que busca ser mais inclusiva ao não especificar gênero. “Aí agora vem a história de ‘menine’. Ó que sacanagem da disgraça. ‘Menine’. Quer dizer que o meu menino tem que ser ‘menine’. Vai procurar um jegue, rapaz. E de preferência de barguilha aberta”, disse Isidório. Ele continuou defendendo a ideia de que “Deus criou menino e menina” e reafirmou que nunca usaria a linguagem neutra.
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Repercussão e resposta da comunidade
A fala do deputado foi amplamente discutida, com muitos criticando sua posição como sendo preconceituosa, enquanto outros apoiaram seu ponto de vista. A discussão também levantou um debate maior sobre o uso da linguagem neutra no Brasil, onde estados como Rondônia, Paraná e Santa Catarina têm legislações que proíbem o uso desse tipo de linguagem em escolas e instituições públicas.
O Posicionamento de Isidório no cenário político
Pastor Sargento Isidório é conhecido por suas posições polêmicas e sua trajetória política diversificada, tendo passado por várias legendas antes de se eleger pelo Avante. Ele é presidente da Fundação Dr. Jesus, que apoia dependentes químicos e alcoólatras, e tem uma história de declarações controversas que frequentemente ganham a atenção da mídia e do público.
Legislação e normas sobre linguagem neutra
O uso da linguagem neutra é um tema de debate intenso em vários estados do Brasil. Enquanto alguns estados têm leis que proíbem sua adoção em ambientes educacionais, outros ainda não possuem legislação específica sobre o assunto. O STF já se posicionou sobre leis estaduais, como a de Rondônia, considerando-as inconstitucionais por ultrapassarem a competência estadual ao legislar sobre normas de ensino.