Bate-boca entre vereadores é motivado por denúncia de crime ambiental em área de manguezal
Bate-boca entre vereadores Sandro Filho e Eliete Paraguassú foi motivado por denúncia de crime ambiental em manguezal. Caso será levado à Comissão de Ética.
Conflito entre Sandro Filho e Eliete Paraguassú acirra clima na Câmara de Salvador
Em entrevista ao site *Política Livre* nesta quarta-feira (6), o vereador Sandro Filho (PP) afirmou que a tensão gerada entre ele e a vereadora Eliete Paraguassú (PSOL) na sessão da última terça-feira (5), na Câmara Municipal de Salvador, foi motivada por uma denúncia envolvendo possível crime ambiental.
Parlamentar aponta obra em área protegida como origem do embate
Segundo o vereador, a discussão teve início após ele questionar uma denúncia recebida por moradores locais. A acusação seria de que uma obra atribuída à vereadora Eliete estaria avançando sobre uma área de manguezal, o que é ambientalmente irregular.
“Começou com a denúncia que recebi sobre uma possível obra em nome da vereadora, que avança sobre uma área de manguezal. Quem me enviou a denúncia foi a própria população local”, declarou Sandro Filho.
Acusação de injúria racial marca debate na sessão
Durante o debate no plenário, Sandro Filho relatou que foi chamado de “capitão do mato” por Eliete Paraguassú. Ele considerou a declaração ofensiva e com conotação histórica grave, remetendo à figura de escravizados que eram utilizados para vigiar e punir outros escravos no período colonial.
“No momento do debate, a vereadora não se conteve e disse que, aqui na Câmara, havia um capitão do mato. E sabemos que capitão do mato era basicamente o escravo escolhido por seu porte físico para controlar, bater e vigiar os outros escravos”, afirmou o parlamentar.
Vereador promete acionar Comissão de Ética
Diante do episódio, Sandro Filho afirmou que ingressará com uma representação contra Eliete Paraguassú na Comissão de Ética da Câmara Municipal de Salvador. O vereador alega quebra de decoro e tratamento ofensivo durante a sessão.
“Basicamente, ela está dizendo que aqui existe um capitão do mato e a gente tem que correr contra isso. Isso é um absurdo. Se fosse eu falando isso, com certeza ela pediria a minha cassação”, declarou o edil.
Vereadora ainda não se pronunciou
Até o momento da publicação desta matéria, a vereadora Eliete Paraguassú não havia se manifestado oficialmente sobre o episódio ou a possível representação que será apresentada contra ela na Comissão de Ética.
