sábado, 21 dezembro 2024
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Apoio do bolsonarismo a Marçal testa hegemonia de Bolsonaro na direita

Apoio a Marçal desafia hegemonia de Bolsonaro na direita em São Paulo

Apoio do bolsonarismo a Marçal testa hegemonia de Bolsonaro na direita

A divisão na direita brasileira ganha novos contornos com o apoio de parte dos bolsonaristas a Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela prefeitura de São Paulo. Apesar de Jair Bolsonaro (PL) ter declarado apoio a Ricardo Nunes (MDB), muitos eleitores e figuras ligadas ao ex-presidente estão inclinados a apoiar Marçal, o que coloca em xeque a liderança de Bolsonaro na direita radical.

Divisão entre os bolsonaristas

Nos bastidores, há quem acredite que essa preferência por Marçal não representa um enfraquecimento de Bolsonaro, mas sim uma reação à percepção de que Nunes não incorpora valores caros ao eleitorado conservador. “O eleitor de direita é livre, segue princípios e valores”, disse Marçal em um vídeo dirigido a Bolsonaro, no qual pediu desculpas, mas reafirmou sua decisão de seguir na corrida eleitoral sem o apoio do ex-presidente.

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Os sinais de Bolsonaro para Marçal

Mesmo com a aliança formalizada com Nunes, Bolsonaro teria dado sinais de apoio a Marçal, o que teria alimentado a base bolsonarista a considerar o influenciador como uma alternativa. O ex-presidente entregou uma medalha de “imbrochável” a Marçal em junho, gesto que foi interpretado como um aceno positivo. Contudo, após uma série de controvérsias, Bolsonaro voltou a reafirmar seu apoio a Nunes, tentando conter a fuga de votos para Marçal.

Riscos e oportunidades para Bolsonaro

A situação coloca em teste a capacidade de Bolsonaro de manter a coesão entre seus apoiadores. Enquanto alguns analistas acreditam que o ex-presidente ainda manterá a maior parte do seu eleitorado fiel, outros sugerem que o surgimento de novos líderes conservadores pode fragmentar a direita e diminuir o domínio de Bolsonaro. A aposta dos bolsonaristas é que, ao analisar a experiência e as propostas dos candidatos, a maioria dos eleitores acabará optando por Nunes.

O impacto na campanha de Nunes

A pressão agora recai sobre Ricardo Nunes, que precisa mostrar mais alinhamento com os valores conservadores e incluir Bolsonaro e seus aliados em sua campanha para frear o crescimento de Marçal. A decisão de Nunes de não participar da manifestação bolsonarista contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no próximo 7 de Setembro, foi mais um sinal preocupante para seus apoiadores dentro da direita.

No entanto, a pesquisa Datafolha de agosto indica que Bolsonaro ainda tem uma influência significativa: 38% de seus eleitores preferem Nunes, contra 29% que escolhem Marçal. Esse cenário mostra que, apesar das divisões, o ex-presidente mantém uma base fiel, mas o resultado final ainda é incerto e dependerá de como cada candidato conduzirá sua campanha nas próximas semanas.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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