sábado, 20 dezembro 2025
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Alexandre de Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro, mas nega prisão domiciliar

Ministro do STF libera procedimento cirúrgico eletivo, mas mantém ex-presidente em regime fechado.

Alexandre de Moraes autoriza cirurgia, mas nega prisão domiciliar para Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta sexta-feira (19) a realização de um procedimento cirúrgico eletivo no ex-presidente Jair Bolsonaro, mas negou o pedido de prisão domiciliar apresentado pela defesa.

Na decisão, Moraes acolheu a recomendação técnica constante em laudo elaborado pela Polícia Federal, que apontou a necessidade de um “reparo cirúrgico em caráter eletivo”. Apesar disso, o magistrado deixou claro que não há justificativa legal ou médica para alteração do regime de cumprimento da pena.

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Cirurgia autorizada, mas sem mudança no regime

Segundo o despacho, a cirurgia não se enquadra como caso de urgência ou emergência, mas deve ser realizada o mais breve possível, a fim de evitar agravamento do quadro clínico do ex-presidente.

“Defiro a realização do ‘reparo cirúrgico em caráter eletivo’ apontado como necessário no Laudo da Polícia Federal, devendo a Defesa se manifestar sobre a programação e data pretendidas para a realização da cirurgia eletiva”, escreveu o ministro.

Após a manifestação da defesa, os autos deverão ser encaminhados à Procuradoria-Geral da República, que terá prazo de 24 horas para emitir parecer.

Prisão domiciliar foi descartada

Apesar da autorização para o procedimento médico, Alexandre de Moraes rejeitou o pedido de prisão domiciliar, entendimento que reforça a posição do STF de que tratamentos médicos podem ser realizados com escolta e estrutura do Estado, sem necessidade de flexibilização da pena.

A decisão segue a linha adotada em outros casos analisados pela Corte, nos quais a condição de saúde, quando não emergencial, não justifica a substituição do regime fechado.

Contexto da condenação

Jair Bolsonaro cumpre pena após condenação definitiva por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado e à violação do Estado Democrático de Direito. A defesa vinha alegando que o estado de saúde do ex-presidente exigiria cumprimento da pena em ambiente domiciliar, tese que foi novamente rechaçada.

O STF tem reiterado que a custódia estatal é suficiente para garantir atendimento médico adequado, inclusive com a realização de cirurgias, sem comprometer a execução da pena.

A decisão reforça o entendimento da Corte sobre a separação entre assistência médica e benefícios penais, mantendo Bolsonaro sob custódia enquanto autoriza os cuidados de saúde necessários.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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