Após episódio do “caderninho” de Jerônimo, partido Agir fica com Geraldo Júnior, mas sem nominata de vereador
Depois de flertar com o apoio à reeleição do prefeito Bruno Reis (União Brasil), o partido Agir, antigo PTC, decidiu oficialmente ingressar na coligação do vice-governador Geraldo Júnior, candidato do MDB à Prefeitura de Salvador.
Apoio sem candidatos a vereador
Apesar da adesão, o Agir chega de mãos vazias, sem apresentar candidatos a vereador. A legenda teria, ao menos, duas dezenas de candidatos à Câmara Municipal caso tivesse optado por uma aliança com Bruno Reis, que estava pessoalmente envolvido na construção dessa nominata.
Pressão interna e o “caderninho” de Jerônimo
A decisão de apoiar Geraldo Júnior foi influenciada por intensa pressão interna da base governista, especialmente após o episódio em que o governador Jerônimo Rodrigues (PT) mencionou estar anotando o comportamento dos aliados em seu “caderninho”. Esse comentário gerou desconforto, considerando que o Agir é politicamente controlado pelo deputado estadual Júnior Muniz (PT), um aliado do governo na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Muniz, que mantém uma relação pessoal próxima com o prefeito Bruno Reis, precisou rever suas alianças. A presidente do Agir na Bahia, Társsila Muniz, filha de Júnior Muniz, também participou dessa articulação.
Impacto na coligação de Geraldo Júnior
Com a adesão do Agir, a coligação de Geraldo Júnior se fortalece, agora contando com oito partidos: MDB, Federação PT/PCdoB/PV, PSD, PSB, Avante, Podemos, Solidariedade e Agir. Mesmo sem uma nominata de vereadores, o apoio do Agir é visto como estratégico para ampliar a base de apoio do vice-governador na corrida eleitoral.