ACM Neto critica decisão judicial que bloqueou redes sociais de Pablo Marçal em São Paulo
O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente nacional da União Brasil, ACM Neto, manifestou-se neste sábado (24) sobre a decisão da Justiça de São Paulo que determinou o bloqueio das redes sociais de Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo. A medida foi tomada em caráter liminar pelo juiz Antonio Maria Patiño Zorz, após a campanha de Tabata Amaral (PSB) acusar Marçal de utilizar métodos irregulares para impulsionar o número de seguidores em suas plataformas digitais.
Críticas à decisão judicial
Em suas declarações, ACM Neto criticou a decisão, classificando-a como um ato de censura. “Todo político tem que observar que a vida mudou, a dinâmica da sociedade mudou e as eleições mudaram também. As redes sociais vêm ganhando um peso cada vez maior e a prova disso agora é esse fenômeno que acontece em São Paulo, o Pablo Marçal. Em relação a essa decisão da Justiça de hoje, honestamente eu considero um absurdo. Acho que se trata de censura”, afirmou o ex-prefeito.
ACM Neto ainda ponderou que, embora seja importante investigar as acusações de compra de seguidores, a suspensão das redes sociais é uma medida extrema. “Não quero entrar no mérito aqui, acho que tem que ter investigação para ver se estava ou não estava eventualmente comprando seguidor, que não pode. Agora, é um absurdo suspender a rede social”, acrescentou.
Defesa da democracia
O vice-presidente da União Brasil deixou claro que sua crítica à decisão judicial não se traduz em apoio a Marçal, mas em uma preocupação maior com a preservação da democracia. “Meu partido não apoia ele. Isso não é uma declaração de apoio a ele, tenho até discordâncias em relação a algumas posições dele, mas eu acho inaceitável e acho um risco à democracia se essa decisão judicial não for revertida nas instâncias superiores do próprio Poder Judiciário”, completou ACM Neto.
A declaração do ex-prefeito de Salvador traz à tona um debate sobre o papel das redes sociais nas campanhas eleitorais e os limites da atuação do Judiciário em questões que envolvem a liberdade de expressão e comunicação digital. A expectativa agora é sobre como a Justiça vai se posicionar em instâncias superiores em relação ao caso de Pablo Marçal.