Investigação da PF sobre a atuação da ‘Abin paralela’
A Polícia Federal está empenhada em desvendar se a ‘Abin paralela’, durante o governo de Jair Bolsonaro, exerceu monitoramento sobre as investigações do assassinato de Marielle Franco, vereadora pelo PSOL-RJ. Registros recentemente descobertos indicam que entre 2019 e 2021, membros desta entidade não oficial imprimiam documentos pertinentes ao caso, lançando suspeitas sobre a amplitude e a natureza de suas atividades.
A abrangência dos documentos impressos
Os arquivos, agora sob análise da PF e recuperados pela Controladoria-Geral da União, apontam que Marcelo Bormevet, um policial federal alocado na Abin durante a gestão de Alexandre Ramagem, imprimiu informações significativas. Em setembro de 2020, Bormevet processou a impressão de um relatório sobre Daniel Freitas, delegado à frente das investigações do caso Marielle naquela época.
Repercussões e mudanças na investigação
A revelação dessas impressões coincide com a remoção de Daniel Freitas do caso Marielle Franco. A decisão de afastá-lo das investigações partiu de Allan Turnowski, secretário da Polícia Civil do Rio à época, que também promoveu mudanças na delegacia encarregada do caso. Esse movimento levanta questões sobre as influências externas e possíveis interferências no curso das investigações do homicídio que chocou o país.