Academia de Letras da Bahia promove seminário detalhado sobre a música negra da Bahia.
Em um encontro cultural significativo, a Academia de Letras da Bahia (ALB), em parceria com o Instituto Reparação, sediará o Seminário de Música Negra da Bahia nesta terça-feira, 26. O evento gratuito, intitulado “Dos blocos dos povos indígenas ao samba reggae”, ocorrerá às 14h na sede da ALB em Nazaré. O seminário busca explorar profundamente a evolução da música negra na Bahia, traçando um panorama que vai desde suas origens indígenas até as contemporâneas expressões do samba reggae.
Contextualização e objetivos do seminário
Este seminário proporciona uma oportunidade rara de entender as influências culturais que moldaram a música negra na Bahia. A música, como expressão cultural dinâmica, desempenha um papel crucial na preservação da história e na celebração da identidade afro-brasileira. Ao iluminar desde os primórdios dos blocos indígenas até as inovações do samba reggae, o evento visa não apenas educar mas também inspirar apreciação e respeito pelas contribuições afrodescendentes à cultura brasileira.
Debatedores e especialistas
A mesa de debate será composta por notáveis da cena cultural e musical da Bahia. Juliana Ribeiro, renomada cantora e historiadora, junto com Tonho Matéria, mestre de capoeira e músico, liderarão as discussões, proporcionando insights baseados em suas ricas experiências pessoais e profissionais. Dado Brazzaville, conhecido por sua habilidade em percussão, e Jorginho Commancheiro, influente músico carnavalesco, agregarão profundidade ao diálogo sobre a evolução musical. Completando o painel, Ordep Serra e Ailton Ferreira trarão perspectivas acadêmicas e sociológicas essenciais para a compreensão do tema.
Encerramento cultural
O evento será encerrado com uma apresentação especial do coletivo Karapaça, que é composto exclusivamente por mulheres capoeiristas. Esta performance não apenas destaca a capacidade do esporte em incorporar ritmos musicais tradicionais, mas também serve como um lembrete poderoso da resistência cultural através da capoeira. A roda de capoeira, que ocorrerá ao final do seminário, promete ser um momento de celebração e reflexão sobre o legado cultural da Bahia.