Suspeito enforcou delegada com cinto de segurança; veja depoimento
Tancredo Neves, acusado de matar a delegada Patrícia Neves Jackes Aires, confessou o crime e deu detalhes sobre como ocorreu o feminicídio. Em depoimento prestado à polícia nesta segunda-feira (12), na 37ª Delegacia Territorial da Bahia (DT/São Sebastião do Passé), ele revelou que estrangulou a companheira utilizando um cinto de segurança.
Detalhes do crime
Durante o depoimento, Tancredo afirmou que o enforcamento ocorreu em um “momento de ira” enquanto discutiam, e que ele agiu impulsivamente para se defender. “Girei o cinto de segurança no pescoço dela no momento de ira, porque estávamos discutindo e queria me defender. Não foi nada premeditado”, confessou o suspeito.
Inicialmente, Tancredo tentou despistar as autoridades, alegando que ele e Patrícia haviam sido vítimas de um sequestro enquanto trafegavam pela BR-101, sentido Salvador. Contudo, em seu depoimento posterior, ele admitiu ter inventado essa versão para evitar represálias devido ao fato de Patrícia ser delegada.
“Inventei na hora ali. Fiquei com medo de represália por ela ser delegada… Mas foi mentira, tanto que não tem pé nem cabeça”, disse.
Prisão e consequências
Após a confissão, Tancredo Neves foi preso em flagrante, e durante a audiência de custódia realizada nesta segunda-feira, 12, sua prisão foi convertida em preventiva. Ele deve ser transferido para o presídio na manhã de quarta-feira, 13.
Repercussão e homenagem
Patrícia Jackes foi encontrada morta no domingo, 11, dentro do próprio carro, em uma área de mata em São Sebastião do Passé, na Região Metropolitana de Salvador. O casal estava prestes a se casar na próxima quarta-feira, 14, apenas três dias após o crime.
O corpo da delegada será sepultado no cemitério Parque das Flores, em Recife, às 14h. Pela manhã, uma cerimônia em homenagem à delegada será realizada.