A Polícia Civil da Bahia confirmou, nesta segunda-feira (22), que um terceiro suspeito de envolvimento no assassinato de três técnicos de uma empresa provedora de internet se apresentou espontaneamente às autoridades. O caso é tratado como prioridade máxima pela corporação.
A informação foi divulgada durante entrevista coletiva no auditório do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em Itapuã. Segundo o delegado-geral André Viana, com essa apresentação, três dos oito suspeitos já estão sob custódia ou foram localizados.
Suspeitos já identificados
No domingo (21), dois envolvidos foram alcançados:
Jonatas Amorim Nascimento, conhecido como Jon, preso no bairro de São Marcos;
Jeferson Caíque Nunes dos Santos, o Badalo, morto em confronto com a polícia em Massaranduba.
De acordo com as investigações, ambos teriam ligação com a facção Bonde do Maluco (BDM), apontada como responsável por comandar o triplo homicídio.
O delegado do DHPP Victor Spínola explicou que os papéis dos envolvidos foram distintos:
Jon não teria participado diretamente das execuções, mas atuou no arrebatamento das vítimas e como apoio logístico, dificultando a ação policial;
Badalo participou diretamente da execução dos três trabalhadores.
Lideranças também são investigadas
Segundo o diretor-adjunto do DHPP, Marcelo Calmon, os executores são de Salvador, mas receberam ordens de lideranças criminosas fora do estado e de dentro de presídios. Entre os alvos das investigações estão:
Edson Silva de Santana, o Jegue (integrante do Baralho do Crime da SSP);
Jorge Ferreira Santos;
Venício Bacelar Costa;
Antônio Dias de Jesus.
“Conseguimos dar uma resposta rápida a um crime bárbaro e covarde, trazendo sensação de justiça e segurança à população”, afirmou Calmon.
Relembre o crime
As vítimas Ricardo Antônio, Jackson Macedo e Patrick Vinícius estavam fardadas e se preparavam para iniciar um serviço no bairro do Marechal Rondon, em Salvador, quando foram sequestradas e assassinadas. Os corpos apresentavam marcas de tiros, além de mãos e pés amarrados.
A ofensiva policial contou com mais de 50 agentes, envolvendo equipes do Denarc, Deic e da Core. As diligências continuam para localizar os demais suspeitos.
