sexta-feira, 5 dezembro 2025
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Juristas podem barrar leilão da dívida ativa de Salvador por falta de transparência

Securitização anunciada por Bruno Reis é alvo de juristas que cobram mais transparência e apontam risco de desvio de finalidade.

Juristas estudam ação contra leilão da dívida ativa de Salvador por falta de transparência

Juristas estudam acionar Justiça contra leilão da dívida ativa de Salvador, alegando falta de transparência e risco de desvio de finalidade na securitização.

Especialistas apontam ausência de justificativa pública e cobram atuação do Ministério Público e do TCM

O leilão da dívida ativa da Prefeitura de Salvador, previsto para ocorrer em agosto na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), pode ser judicializado. Juristas e especialistas em direito público discutem entrar com uma ação na Justiça para suspender a operação, alegando falta de transparência e ausência de publicidade adequada sobre o processo de securitização anunciado pelo prefeito Bruno Reis (União Brasil).

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A operação visa antecipar recursos financeiros ao município, mediante a venda de créditos tributários vencidos — como impostos não pagos — a instituições financeiras, com desconto. Apesar de ser amparada por lei federal, a medida tem gerado críticas por não apresentar uma justificativa clara sobre a destinação dos valores arrecadados.

Críticas apontam risco de desvio de finalidade

De acordo com juristas envolvidos na articulação da ação judicial, a Prefeitura não apresentou estudos técnicos nem debateu com a sociedade os reais impactos da securitização. “Sem diálogo e transparência, a operação pode ser caracterizada como desvio de finalidade”, afirmam.

A maior preocupação é que o município utilize os recursos obtidos em despesas correntes, o que, embora permitido, pode comprometer o equilíbrio fiscal futuro, transformando créditos de longo prazo em receitas imediatas, sem planejamento de sustentabilidade.

Pressão sobre órgãos de controle

A movimentação dos juristas ocorre em paralelo à pressão para que órgãos de fiscalização — como o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), o Ministério Público da Bahia (MP-BA) e o próprio Judiciário — intervenham no processo para garantir o interesse público e evitar prejuízos à população.

Entidades da sociedade civil e setores do funcionalismo municipal também demonstram preocupação com a falta de informações e defendem que a operação seja submetida a debate público, com divulgação ampla e prévia dos critérios, valores envolvidos e destinação dos recursos.

A Prefeitura ainda não se pronunciou oficialmente sobre os questionamentos jurídicos e técnicos em torno do leilão.

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Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo
Gabriel Figueiredo, jornalista baiano, nascido em Feira de Santana, com mais de 15 anos de experiência, é referência em notícias locais e inovação do Minha Bahia.
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